Nação,
Cheguei a pouco do Engenhão. Na verdade, dei uma esticadinha depois do jogo num barzinho, prá baixar um pouco a adrenalina e controlar o ódio contra o nosso treineiro.
Não dá. Não aguento mais esse medíocre técnico. E o que mais irrita é saber que o empate para ele foi o resultado mais espetacular do mundo. Afinal, empatar fora de casa contra o Flamengo não é nenhum demérito. O problema é a forma que acontece esse e outros tantos empates da era Tite. Verificar que esse tipo de resultado é um objetivo, e não fruto das circunstâncias do jogo.
Tite entra sempre apenas para não perder, e quando ocorre a vitória não é fruto do trabalho do treinador, e sim da mística alvinegra e do esforço dos jogadores, quando não da sorte. Tínhamos tudo para vencer o jogo de hoje, mas o medroso, o sem visão, o robô fez as substituições óbvias de sempre, armou o time de forma medrosa como sempre, e o empate foi o resultado de quase sempre.
Fechamos a rodada na liderança, um empate fora de casa contra um grande adversário não é um resultado ruim, então alguns dirão que estou sendo cruel demais, exagerando na cornetagem. Mas não é isso. A questão é que o nosso time é pautado pelo medo, espelho de seu treinador. E isso é algo que temos que combater, porque a história do Corinthians se fez justamente por ser destemido, de buscar a vitória quando todos diriam que a derrota era iminente, de não se entregar nunca, e esse treinador está justamente tirando essas nossas características.
Sem dizer que em termos mais práticos e imediatos ele tem destruído jogadores com a sua insegurança, sua falta de conhecimento tático e de respeito as características de cada jogador. Coloca o Jorge Henrique como volante, e acaba com sua velocidade, colocava o Bruno César no canto do campo, destruindo sua capacidade de armação, e ontem fez o promissor garoto Willian jogar praticamente de lateral. Ainda teve a boa estréia do lateral de ofício Weldinho, mas que só lhe permitido avançar duas vezes, e numa delas saiu o gol. Até o Liedson tem caído de produção por causa desse esquema medroso.
Ou seja, já vimos jogadores de talentos serem destruídos por esse técnico medíocre e temos que ficar receosos de que os que estão chegando agora não tenham o mesmo destino.
Essas minhas considerações são baseadas no histórico desse técnico, desde o final do Brasileirão, em que deixamos de ser campeões devido a sua burrice, ao segurar empates quando o único resultado que interessava era a vitória. E ontem tive a chance de ver o Timão em campo, e no estádio temos uma visão muito mais clara ainda das coisas.
Por isso, vejo hoje comentários e análises de jornalistas e mesmo torcedores de que o time não foi tão mal. Pela televisão a coisa é sempre relativizada. Mas ao vivo, a gente tem exata noção de como o time se comporta, sua configuração tática, sua disposição dentro do gramado, a movimentação de cada jogador, enfim, temos um raio X geral, e por isso que reafirmo que a coisa não está nada bem.
Nosso time não tem ímpeto, não tem intensidade. Jogou bem o primeiro tempo, indo prá cima nos primeiros minutos, obrigando o Felipe a duas defesas, com Willian e Liedson, mas só voltou a criar perigo novamente uns quinze minutos depois. E foi justamente quando saiu o gol, numa ótima e rara jogada de ataque do estreante Weldinho, para conclusão com estilo do Willian. Aí seria a hora de dar o bote, aproveitar do baque sentido pelo adversário. Mas, como sempre acontece, o time se trancou, Willian deixou de ser atacante e virou lateral, Jorge Henrique voltou a recuar por ordem do técnico, e ficamos ali naquele joguinho aguado esperando acabar o primeiro tempo.
Mas como toda covardia será punida, o Ralf fez uma lambança furando uma bola no meio campo, o Ronaldinho dominou a bola e partia em direção a área, quando foi tocado de forma estabanada pelo "fantástico" Fábio Santos. Com um monte de cobradores bons do outro lado, inclusive o anfitrião do dia, Petkovic, e com um goleirinho bracinho de Horácio, fazer falta é praticamente um suicídio.
Não deu outra. Renato cobrou e mandou no ângulo. Vendo pela TV, até dá para inocentar o Júlio César. Mas no campo rolou um ódio intenso, porque a cobrança foi de muito longe. Mas enfim, cada vez fica mais claro que ele não tem condições de continuar titular, porque não conta mais com a confiança de ninguém, só do técnico medroso e demagogo. Renan vai ser titular e pronto e acabou.
Termina a primeira etapa com empate. Aí o comentário geral na arquibancada é que não podemos esperar nada de diferente no segundo tempo, a não ser a piora do time.
É o que acontece. Como sempre, o time volta mais apático e rezando para que o jogo acabe em cinco minutos. Um camarada tricolor (do Fluminense) que está junto com a gente, e que não acompanha o Timão, me perguntou o que o nosso técnico faz no intervalo para o time voltar tão apagado. Respondi que provavelmente ele fala para a galera aproveitar os quinze minutos para tirar um cochilo, para voltarem mais descansados. Porque é a única explicação possível para o time voltar sempre sem vontade para a etapa final.
E assim o jogo se arrastou durante toda a segunda etapa. Nas chances que tivemos de buscar a vitória, o técnico abriu mão, como na saída do Liedson, colocando um volante, Edenilson, recem contratado e que se perdeu totalmente em campo, quando o correto seria já lançar o Sheik. E consolidou seu desejo de empate ao manter o lentíssimo Danilo até o ponto de ele praticamente parar em campo. Entrou Morais, que também não emplaca. A única diferença dele para o Danilo é que, por ser mais rápido e pegar mais na bola, ele nos irrita mais vezes.
No finalzinho Sheik driblou meia dúzia de urubus, mas não encostava ninguém, já que o time não sabe atacar, e na respingada sobrou para o Edenilson, que mandou um canudo desviado pela zaga. Na sequência, cabeçada de Leandro Castan com defesa milagrosa do Felipe. Mas isso praticamente resumiu o segundo tempo, com nossas únicas chances de vitória apenas nos últimos minutos de jogo.
Importante somar pontos evidente, mas o essencial é ter um time em que podemos confiar, que jogue buscando a vitória, que nos dê esperança de conquistas. E da forma que está, com esse técnico, difícil se manter otimista, mesmo na liderança.
Mas valeu assim mesmo, ainda mais por poder acompanhar o Timão de perto.
Valeu!
Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Egídio (Júnior César); Willians, Renato Abreu, Bottinelli e Petkovic (Negueba); Wanderley (Diego Maurício) e Ronaldinho Gaúcho. | Julio Cesar, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Morais); Willian, Liedson (Edenilson) e Jorge Henrique (Emerson). |
Técnico: Vanderlei Luxemburgo. | Técnico: Tite. |
Gols: no primeiro tempo, Willian, aos 18, e Renato Abreu, aos 39 minutos. | |
Cartões amarelos: Liédson e Chicão (Corinthians) e Willians e Negueba (Flamengo). | |
Local: Engenhão. Data: 05;/06/2011. Competição: Campeonato Brasileiro. Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa-PR). Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR). Renda: 1.180.655,00. Público pagante: 37.010. Público presente: 42.000 |
Olá muito legal seu blog gostei mesmo ja estou seguindo. abraços.
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