quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Corinthians x Fluminense. Pela liderança!!

Nação,

Logo mais enfrentaremos o Fluminense, num jogo que seria considerado a final antecipada do campeonato, mas que agora ganha contornos ainda mais dramáticos, pois a derrota será o passaporte para a crise, ainda mais com a aproximação de outros times que até algumas rodadas atrás nem apareciam no nosso retrovisor e do nosso adversário.

O jogo será no Engenhão, estádio bonito e moderno, mas que decididamente não caiu nas graças do carioca. Os motivos são bem simples: localização e comparação com Maracanã.

O Maraca fica numa área nobre da cidade, a grande Tijuca, reduto da boemia carioca, com vários dos bares mais famosos e tradicionais da cidade, sede das quadras das principais escolas de samba - Salgueiro, Mangueira e Vila Isabel, a poucos quilômetros do centro da cidade e a 10 minutos de carro da zona sul, além de ser servido por estação de metrô na porta e várias linhas de ônibus.

Já o Engenhão foi construído numa área bem mais pobre, bem mais distante e difícil de chegar, principalmente para os riquinhos da zona sul, e um trajeto perigoso, pois passa-se por várias das mais perigosas "comunidades" da cidade (esse é o nome carioca de favela mesmo), além da temida Linha Amarela, palco constante de arrastões. E não tem nada por perto. Não tem bares, nem mesmo os pés sujos.

E apesar de moderno, o formato do estádio o torna menos aconchegante que o Maracanã, além de ter uma acústica muito pior. Por mais que esteja cheio, não tem um efeito de caldeirão, o que para a equipe visitante torna-se uma vantagem.

Acho até que serve de exemplo para o nosso futuro estádio. Sinceramente, não gostei das linhas arquitetônicas, com um vão livre atrás do gol, o que pode causar o mesmo efeito do Engenhão. A diferença, lógico, é que lá será  tomado pela Fiel, a mais poderosa das torcidas, e os problemas provavelmente nem serão notados. Mas se der para mudar um pouco o projeto e dar uma cara mais de caldeirão, a nação agradece.

A Fiel ficará na ala Norte, atrás do gol, na entrada que fica do lado oposto da estação de trem. O público deverá ficar em torno de 25 a 30 mil pessoas, e dessas, pelo menos uns 4 mil do bando de loucos, o suficiente para tomar conta do estádio e fazer o Timão se sentir mais em casa. Mas um toque prá galera. Os flu-flus estão bolando mais uma das suas viadagens, um tal de corredor tricolor para receber o time, na Rua das Oficinas, bem próximo da nossa entrada (vejam no mapa). Então, é bom ficar esperto.

Bom, quanto ao jogo, confesso que meu maior temor tem sido com a cabeça do nosso "genial" técnico. Nunca fui daqueles que cegamente se diziam mano do Mano, mas entre os acertos e erros, reconheço que no geral gostava do trabalho dele. Tinha críticas quanto a postura defensiva e medrosa em jogos que poderíamos liquidar o adversário com facilidade, mas ao mesmo tempo nos dava tranquilidade algumas características da equipe, como a consciência tática, sangue frio, toque de bola e paciência. O time não se perdia em campo, mesmo quando jogava mal.

Já com o Adilson, tem jogo que o time vai prá cima em velocidade, os meias e volantes encostam no ataque e os laterais sufocam o adversário com suas decidas. Já em outros, a equipe fica lenta, os volantes se escondem atrás dos zagueiros e os laterais não passam do meio campo. Isso sem falar que isso acontece muitas vezes na mesma partida, devido também a grande capacidade de inventar do cara. Tudo bem que é duro de aguentar técnico que sempre troca seis por meia dúzia, mas também gênios que a cada troca vira o time de ponta cabeça é dose.

Espero que ele não esteja muito inspirado hoje e faça o básico. Coloque a equipe no tradcional 4-4-2, formação que hoje melhor se adapta pelos jogadores disponíveis, entrando com Iarley e Jorge Henrique no comando do ataque, com Bruno César e Elias com liberdade para avançar e triangular. O Fluminense tem laterais que avançam muito, e por isso temos que também usar os nossos. Os meias deles, Deco e Conca, dispensam apresentações. São habilidosos e inteligentes, e por isso o papel do Ralf e Jucilei será o de marcá-los sem espaço para pensar, porque numa jogada podem decidir.

Um jogaço, casa cheia e apesar de ainda faltarem muitas rodadas para o final, pode selar o destino das equipes.

Ah, e o nosso ex-comandante e atual da Seleção, Mano Menezes, estará em campo. Quem sabe a sua estrela não brilha a nosso favor, como nos bons tempos.

Prá cima deles Timão, sem massagem.

Valeu!

FLUMINENSE X CORINTHIANS
Fernando Henrique; Leandro Euzébio, André Luis e Gum; Mariano, Fernando Bob, Valencia, Deco, Conca e Carlinhos; Washington. .Julio Cesar, Alessandro, Paulo André, William e Roberto Carlos; Ralf (Boquita), Elias, Jucilei e Bruno César; Jorge Henrique e Iarley (Souza).
Técnico: Muricy Ramalho.Técnico: Adílson Batista.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro. Data: 15/09/2010. Hora: 22h.Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS). Assistentes: Roberto Braatz (Fifa-RS) e Alessandro de Matos (Fifa-BA)
O Premiere, pelo sistema pay per view, mostra para todo o Brasil. A TV Globo transmite para o estado de São Paulo
O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances do duelo em Tempo Real.

Um comentário:

  1. Gostaria de dizer que o goleiro do Corinthiasns Julio Cesar literalemete está afundando o time... é pequeno...não tem postura de verdadeiro goleiro (saudades do Manga...) e ainda faz tudo em forma amadora e discretamente (ninguém percebe, ao contrário do Felipe que era ruim escancarado...). O gol do Loco Abreu uma perfeita cabeçada poderia ser detida por um grande golçeiro....Todo adversário já percebeu que é so jogar no chuverinho contra o Corinthians...e também esperar as rebatidas e o mau posicionamento do goleiro Julio César.... Até quando?....e qual o triste papel de um grande e experiente goleiro como Bobadilla no banco de reservas?. Ninguém percebe nada....é uma alienação infinita...e o Coirinthians já perdeu o título...infelizmente.

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