terça-feira, 14 de setembro de 2010

Para corrigir nossa fraqueza, comprometemos nossa força. Temos que recuperá-la!!

"Até sexta-feira passada, e dentro de um raciocínio lógico, não seria exagero afirmar que o Corinthians era na prática a equipe mais regular do Brasileiro, pois havia vencido os dez jogos que fez no Pacaembu e conquistado oito pontos fora de casa. Mas perdeu para o Grêmio, mostrando que também é vulnerável dentro de São Paulo, transferindo o favoritismo para o Flu, que não sofreu derrota no Rio."

Nação,

O comentário acima foi feito pelo Roberto Assaf, do Diário Lance, na edição de hoje. Achei interessante reproduzir aqui porque demonstra o quanto um erro de planejamento pode trazer consequências além daquelas inicialmente visíveis.

Fiz um post no início do segundo turno a respeito do que seria mais importante para o Corinthians: melhorar o rendimento fora de casa ou se esforçar para manter o excepcional aproveitamento dentro de casa.

A minha resposta foi a segunda opção, e acredito que a da maioria da torcida. O baixo rendimento fora de casa incomodava, mas não comprometia nossa campanha, justamente pelos pontos conquistados nos nossos domínios. O aproveitamento de 100%, além dos pontos, nos dava uma confiança inabalável, uma áurea de imbatíveis, o que previamente já desestruturava nossos adversários, que já vinham com a certeza de que só uma milagre poderiam lhe garantir ao menos um pontinho.

Mas veio a primeira derrota. E com ela, se foi a nossa principal arma, que era o temor do caldeirão Pacaembu. Como disse o Assaf, mostramos que somos vulneráveis em casa, e agora a tarefa de recuperar essa condição de imbatíveis será muito mais difícil, pois o temor dos adversários não será mais o mesmo.

E porque perdemos? Porque o adversário foi melhor? Porque falhamos? Pode ter acontecido as duas coisas, mas o essencial foi por um motivo: não nos preparamos.

É isso. Não nos preparamos adequadamente para essa partida. Não entramos concentrados e comprometidos a vencer de qualquer maneira. 

Talvez o fato de até então termos ganhado todas as partidas influenciou, trazendo uma certa soberba em achar que a vitória era certa. Mas isso já foi fruto da falta de preparo. E esse despreparo ocorreu pela mudança de foco da equipe, preocupada mais em vencer fora do que manter o 100% em casa. 

Entramos na pilha da imprensa e dos rivais, um erro primário que jamais poderíamos ter cometido.

Ao invés de concentrar todas as forças e energia para vencer o Grêmio, e depois partir para o confronto contra o Fluminense podendo empatar para roubar a liderança, fizemos o contrário, e a primeira parte dessa decisão já foi um desastre. Agora, para não se transformar numa tragédia total, vamos com a obrigação de vencer o jogo mais difícil do campeonato.

Prova da inversão de valores foi poupar Roberto Carlos, sob a desculpa esfarrapada que ele poderia se contundir. Mentira. O cara é um tanque, e não havia fator nenhum que fundamentasse essa possibilidade. Também poupou o Ronaldo. Se ele não tem condições de fazer dois jogos em sequência, não deveria nem ter voltado. Sua volta mudou a forma do time jogar, e tirou a confiança do Iarley, melhor jogador na goleada contra o Goiás, obrigado a ir para o banco para o Gordo brincar de jogar futebol.

Ou seja, cometemos um grande erro estratégico, e agora temos que corrigí-lo. Apesar da necessidade de melhorar o desempenho fora de casa ter se tornado maior, ainda não justifica se transformar em paranóia, e, continua sendo mais importante recuperar o ótimo aproveitamento em casa.

Vamos para cima do Fluminense, buscar a vitória, mas conscientes de que um empate não será um resultado ruim, tanto em termos de pontuação quanto psicológico, pois a pressão virará para o lado deles. E depois, em casa, atropelando Botafogo e Inter, dois candidatos diretos ao título, recuperaremos os pontos perdidos e voltaremos a ser a equipe mais temida do campeonato.

Corrigir nossas fraquezas é importante, mas fundamental é manter nossa força.

Simples assim.

Valeu!

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