quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Corinthians 1 x Atlético-GO 1. Solta os atacantes Adenor!

Nação,

Mais um jogo em casa, com apoio maciço da Fiel, e novamente um decepcionante empate, o terceiro seguido. Vacilo demais para uma equipe que ainda pretende lutar pelo título.

Enfrentamos o vice lanterna da competição e só começamos a criar chances reais de gol depois de termos tomado, uma triste característica dessa equipe, que só reage diante da iminência de uma tragédia.

Um resultado ruim assim, seguido de outros, desperta o sentimento corneta na gente. Dá vontade de sair detonando geral, xingando todo mundo e concluindo que ninguém mais presta.

Não é por aí. Mas também não podemos fechar os olhos e fingir que não está acontecendo nada. O time é bom, campeão brasileiro e da América, e por isso tem obrigação e pode render muito mais.

Está faltando vontade? Não, percebemos que os jogadores entram em campo com disposição, não aquela da Libertadores, o que é natural, mas o suficiente para vencer os jogos.

O problema então poderia ser na tática. Não a falta dela, pelo contrário, e sim talvez o "excesso" de obediência tática. Eu explico.

Não vou entrar numas de massacrar o Tite, mas mantendo minha coerência em relação as críticas que sempre fiz a ele é que o seu sistema para dar certo necessita de muito tempo, de super entrosamento e que os jogadores se apliquem 200% em campo. Seria o mundo dos sonhos, mas na prática é algo sobre-humano, e ninguém aguenta isso o tempo todo.

Contra times mais fracos, em casa, temos que ter um esquema de jogo que privilegie nossa melhor condição técnica, e não apenas a "ultra" obediência tática.

Nesse esquema do Tite, nossos atacantes tem primeiro a obrigação de marcar, depois de marcar, e aí se sobrar tempo eles quebram um galho no ataque.

Romarinho passa mais tempo desarmando na defesa do que em posição de receber bolas no ataque; Jorge Henrique é o lateral direito oficial da equipe; Guerrero entrou para ser homem referência e jogou o tempo todo caindo pelos lados... aí fica difícil meu amigo.

E a torcida ao invés de enxergar isso prefere pegar no pé do Douglas. Ele é daquele jeito mesmo, sempre foi, mas tem talento incomum e pode decidir a partida a qualquer momento, como sempre fez, seja metendo um golaço na gaveta ou colocando os companheiros na cara do gol. Mas para por os caras na cara do gol eles precisam estar perto do gol. Ontem o Maestro tentou puxar uns 3 contra ataques e teve que parar por falta de "quorum".

Jogos como o de ontem, em casa, contra o vice lanterna, tem que deixar o time mais solto, liberar os atacantes da função obrigatória de marcar como zagueiros, deixá-los exercer seu ofício, e aí com certeza criaremos muito mais chances, e em condições de conclusão, com atacantes inteiros e não com com a lingua na chuteira por estarem voltando lá da nossa área.

Essa prisão que o Tite se coloca por conta do seu esquema tático não é nada bom para o time. Tem jogos que precisa mudar, sobretudo em casa. Além de esgotar o físico dos jogadores uma hora vai esgotar a paciência da Fiel, em lua de mel mas exigente como sempre.

Vamos esperar que ele perceba isso e tenha um pouquinho mais de coragem para se libertar e libertar também o time.

Bom, não foi só por essas características do esquema tático que o time não venceu. Teve um grande peso, mas também tem que ressaltar sempre a vontade de outro mundo dos times que vem nos enfrentar, sempre jogando a partida de suas vidas. O Atlético ontem estava perfeito, encaixadinho, jogando como um dos líderes do campeonato e não como um dos lanternas.

Tivemos também o problema de sempre de faltar tranquilidade na hora de concluir. Criamos algumas chances claras e faltou capricho para botar a bola pra dentro.

Os desfalques tiveram grande peso, pois Emerson e Danilo são peças fundamentais nessa engrenagem tática criada pelo seu Adenor. E os gringos que entraram mostraram vontade, mas ainda precisam se adaptar ao futebol brasileiro e principalmente ao futebol titeniano.

Mas o principal motivo mesmo de não conseguirmos a vitória foi a arbitragem. Concentramos nossas análises e críticas no técnico, nos jogadores, nas fases da Lua e esquecemos o personagem principal das injustiças do futebol. O que aquele bandido de apito e seus comparsas fizeram ontem é passível de prisão perpétua. Onde o desgraçado viu falta no gol do Jorge Henrique? Sem dizer a liberação total para o Atlético parar o jogo o tempo inteiro com faltas e cartãozinho só quando não tinha mais jeito. Não dá, arbitragem brasileira é a pior do mundo, e por isso defendo árbitros estrangeiros já!

Enfim, um resultado ruim, gosto amargo e sonho do bi/hexa ficando mais distante. Ainda dá, mas precisa soltar mais o time e ficar mais de olho nos bastidores que parecem não ter interesse em mais um sucesso do time do povo.

Acreditar sempre, porque Aqui é Corinthians!

Valeu!


CORINTHIANS 1 X 1 ATLÉTICO-GO
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 8 de agosto de 2012 (quarta-feira)
Horário: 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Marcelo Bertanha (RS)
Assistentes adicionais: Antonio Neuriclaudio (AC) e Eduardo Cordeiro Guimarães (RJ)
Cartões amarelos: Martínez (Corinthians); Gustavo, Ricardo Bueno, Joilson (Atlético)
Gols: CORINTHIANS: Paulinho, aos 32 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO: Ricardo Bueno, aos dez minutos do segundo tempo
Público: 24.372 pagantes
Renda: R$ 692.024,54

CORINTHIANS: Cássio; Alessandro (Martínez), Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Douglas (Ramírez); Jorge Henrique, Romarinho e Guerrero (Adilson)
Técnico: Tite
ATLÉTICO: Márcio; Marcos, Gustavo, Reniê e Eron; Dodó, Marino, Ernandes e Joilson (Carlos); Wesley (Diogo Campos) e Ricardo Bueno (Patric)
Técnico: Jairo Araújo

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