segunda-feira, 12 de setembro de 2011

1 por 11 ou 11 por 1??

Nação,

Aconteceu de novo. Depois de uma partida memorável, de pura garra e superação, vem um jogo melancólico, com jogadores apáticos, desestruturados, sem ambição de vitória.

O cenário de sempre. Time mal armado, jogadores desempenhando funções em campo totalmente diferente da sua real posição, falta de criação de jogadas, atacantes isolados sem receber uma única bola e tendo que voltar até o meio para marcar, zagueiro armando o time na base do chutão.

A defesa falha o tempo inteiro, e o goleirinho braço de jacaré toma gol em todas as partidas. Ontem mais um gol de falta do meio de campo. Vão dizer que desviou na barreira e ele não teve culpa, mas quem montou mal a barreira e se posicionou pior ainda na cobrança? Não tem perdão, falhou de novo sim. Até quando?

E tudo isso vem acontecendo porque temos um técnico medíocre no comando da equipe. Ontem suas alterações beiraram a bizarrice. Tirou lateral de ofício e improvisou um zagueiro. Ali eu parei. Eu já sabia que mais uma vez no que dependesse do treinador a viola iria pro saco. E foi.

Tem uma máxima no futebol para explicar a demissão de técnico, que é melhor trocar um do que onze. Ou seja, entre mudar o comandante ou o time inteiro, melhor o comandante.

E é assim mesmo que funciona. Quando se tenta ir contra essa regra, os resultados dificilmente são positivos.

Não estou dizendo para trocar técnico na primeira dificuldade. Mas quando há evidências claras e constantes de que o trabalho do cara é ruim, mante-lo é sinal de burrice ou de teimosia provocativa desnecessária e perigosa.

Sanchez mandou embora o Marcio Bittencourt em 2005, no primeiro momento de instabilidade da equipe, que liderava o campeonato desde o inicio. Isso o marcou perante a mídia, e então agora ele tenta forçar uma imagem de que não manda técnico embora. Se fizesse isso por acreditar no trabalho do cara, vai lá. Agora, fazer isso só por causa de uma imagem, ou só para irritar a torcida, aí é inadmissível.

Não adianta a gente xingar todos os jogaodres. Depois da derrota da vontade mesmo, mas quem tem que ser responsabilizado é quem os comanda, ou melhor, que não os comanda.

Tite não tem mais a menor condição de ser técnico desse time. Não tem comando algum, não goza da confiança de nenhum jogador, fruto do seu estilo paneleiro de conduzir elenco. Falei desde o início que essa baboseira de coerencia ia dar merda, e deu.

Demorou para por o Alex, e agora o cara entra pressionado e querendo mostrar mais do que pode.Não rende. Queimou o Renan para preservar o queridinho Julio César e o cara toma gol em todos os jogos. Não interessa se é culpa da defesa, do posicionamento do time, da bolsa de valores ou da junção dos planetas, mas o fato é que goleiro não pode tomar gol em todos jogos. Julio César virou uma uva para os adversários. Falta de qualquer lugar é gol. Escanteio é penalty. Não dá!!

Os jogadores só funcionam por si próprios. Deram a vida no jogo contra o Flamengo porque sabiam que a casa ia cair prá geral se perdessem. Já ontem o gás era outro. E tem sido assim, porque não dá para suar sangue todas as partidas, e por isso que precisa de um técnico que saiba armar e conduzir o time de forma homogênea. Instabilidade é a maior prova de técnico fraco.

E um detalhe naquele jogo, que confirma que o Tite é um peso morto: o Adriano foi no vestiário no intervalo e inflamou os caras. Por isso voltaram mordendo ainda mais o Flamengo. Se não tivesse feito isso, se dependesse da "bronca" do Tite, eles iam voltar como sempre, como voltaram ontem, como se tivessem comido uma feijoada no vestiário.

Concluindo, se o nosso presidente insistir em ir contra a regra do 1 por 11, vai queimar os 11 por 1, vai fazer a torcida perder a paciência e ai vai queimar todo mundo, não vai sobrar pedra sobre pedra, e vai amargar um final catastrófico de mandato.

A escolha é sua Sanchez.

Sem valeu, de novo.

Fluminense 1 x 0 Corinthians


Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 11 de setembro de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS)
Assistentes: Kleber Lucio Gil (SC) e Marcelo Bertanha Barison (RS)
Cartões amarelos: Mariano, Lanzini, Diogo, Digão (Fluminense); Ramon, Paulo André (Corinthians)
Gol: FLUMINENSE: Fred, aos 22 minutos do primeiro tempo
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Mariano (Digão), Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diogo, Marquinho e Lanzini (Rodrigo); Ciro (Martinuccio) e Fred
Técnico: Abel Braga
CORINTHIANS: Julio Cesar; Welder (Edenílson), Chicão, Leandro Castán (Danilo) e Ramon (Leandro Castán); Ralf, Paulinho e Alex; Willian, Liedson e Jorge Henrique
Técnico: Tite

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