Corinthians X Atlético Goianiense. O jogo que vale o campeonato!!

Nação,

Hoje o Corinthians enfrenta o Atlético Goianinense no Pacaembu, numa daquelas partidas que se aplica o famoso bordão: é tudo ou nada. Só a vitória interessa, e caso ela não venha, adeus campeonato.

Já seria normalmente, pois está entre os jogos classificados como fundamentais para quem quer ser campeão. Uma partida em casa, contra um adversário medíocre, que já perdeu ou vai perder pontos para todos os postulantes ao título. Já demos mole no primeiro turno, quando perdemos na casa deles, ainda sob o comando do Mano, e que nos tirou da liderança. Se não ganharmos agora, pode nos tirar o campeonato.

Porque devido aos nossos últimos resultados, péssimos, o jogo de hoje ganhou ainda mais importância. Vencendo, estancaremos uma crise anunciada, recuperaremos a confiança de jogar em casa, e lógico, somaremos três pontos que nos manterão embolados no pelotão da frente e com uma distância segura do pelotão de trás, que se aproxima em alta velocidade, como numa maratona.

A nossa fase é preocupante. O time caiu muito de produção, e a conta tem sido jogada nos inúmeros desfalques. Realmente isso faz diferença, mas não pode ser uma muleta permanente. Os jogadores que entram precisam jogar mais, com sangue nos olhos, e o técnico, que sofre com as alterações, pode minimizar o próprio drama, basta não querer inventar tanto.

Já que falei do técnico, para muitos a culpa da queda de produção tem que ser creditada toda a ele. Bom, aí já acho injusto. Ele inventa, faz alterações que não surtem efeito positivo, insiste com jogadores sem futuro e adora forçar os jogadores a atuarem de forma diferente da sua função. Mas apesar disso, não é o pior dos técnicos, e tudo o que vem acontecendo, os intermináveis desfalques ocasionados por lesões incuráveis, arrebentam de fato qualquer equipe, e o técnico se torna mais vítima do que qualquer outra pessoa.

As comparações com o Mano Menezes são inevitáveis, com um clima de saudosismo, colocando o trabalho dele como praticamente perfeito. Que o Mano foi no geral um bom técnico isso é inquestionável. Mas longe de dizer que ele foi bom o tempo todo. Cometeu muitos, mas muitos erros, que nos custaram partidas tão fáceis como a que o Adilson tem perdido, campeonatos e a libertadores mais fácil de se ganhar da história.

Indicou e bancou a contratação de dezenas de jogadores medíocres, muitos deles aí agora na mão do Adilson, ajudando a afundar ainda mais o trabalho do cara, pela péssima qualidade dos indivíduos.

Não estou falando isso é para depreciar ou desvalorizar o trabalho do Mano, mas para lembrarmos de não sermos tão benevolentes com ele e tão cruéis com o Adilson.

Porque temos que acreditar no Adilson, pelo menos até o fim desse campeonato. Acreditar que ele possa encontrar o rumo certo. Para isso, lógico, terá que admitir alguns erros e ter a virtude de corrigir e mudar alguns conceitos, como aliás o Mano fazia, o que para mim era uma das suas principais virtudes, a humildade de reconhecer quando não estava bem e a inteligência de mudar, ouvindo o clamor das arquibancadas.

A hora é agora. O jogo é hoje. Temos desfalques, mas temos o reforço que nenhuma equipe tem: a Fiel.

E ela estará lá novamente, em grande número, gritando, incentivando, empurrando e aterrorizando o adversário. 

A força do caldeirão, que nos trouxe até aqui, vai continuar e nos levar até o título.

Prá cima deles Timão, sem massagem.

Valeu!

Corinthians:  Julio Cesar; Alessandro, Chicão, William e Dodô; Paulinho, Boquita, Jucilei e Bruno César; Iarley e Souza. Técnico: Adilson Batista.

Atlético-GO:  Márcio; Adriano, Daniel Marques, Gilson e Thiago Feltri; Pituca, Robston, Diguinho e Renatinho; Diogo Campos (Carlinhos Bala) e Marcão (Juninho). Técnico: René Simões.