Nação,
Mais uma vez não conseguimos vencer fora de casa. Mas empatamos, somamos um pontinho, e permanecemos muito bem na fita.
Precisamos melhorar nosso retrospecto como visitantes? Precisamos. Porém, como falei anteriormente, não podemos transformar isso numa paranóia, pois a excelente campanha em casa compensa esses pequenos tropeços.
A campanha que fazemos nos nossos domínios, transformando o Pacaembu num caldeirão onde time e torcida jogam juntos e aterrorizam os adversários, isso sim tem que ser mantido a todo custo.
Uma hora vamos vencer fora de casa. Aliás, só não vencemos ontem porque o juiz não deixou, não podemos esquecer desse "pequeno" detalhe.
Mas vamos ao jogo. Para promover a volta do Gordo, Adilson mexeu na equipe, e sacou o Iarley, melhor jogador da última partida. Tudo bem, em se tratando de Ronaldo os próprios jogadores aceitam numa boa, mas mesmo assim é preciso cuidado com esse tipo de situação. Alterar a forma de jogo que a equipe está adaptada, e sacrificar jogadores em evolução pode se tornar perigoso. E, mesmo se tratando do maior atacante de todos os tempos, no momento, o Fenômeno não justifica tamanha consideração.
O resultado da mudança ficou nítido. O time estava muito mais lento, as jogadas de aproximação não aconteceram, os volantes ficaram muito mais presos e Jorge Henrique sobrecarregado na função de criar oportunidades de ataque. Claro que a marcação e vontade do outro lado também contribuiram para o nosso rendimento ser menor, mas não dá para esconder que a entrada do Ronaldo quebrou a velocidade e a forma de jogar da equipe.
Mas mesmo assim é o Fenômeno. Se não dá na técnica, vai na moral. Numa jogada de infiltração, ele tenta cruzar a bola na área, e o zagueirinho todo apavorado, joga os braços para tudo que é lado, tocando a mão na bola, num penalty claríssimo, mas que o juizinho não marcaria, caso o patrão não fosse o Gordo. Ele mandou e o juiz apitou, na lata. E, para não fugir da responsa, pegou a bola e bateu com a categoria de sempre, voltando a marcar depois de três meses, contra o mesmo adversário que havia feito o último gol.
Falando sério, esse tipo de lance, onde a bola toca na mão dentro da área, é muito interpretativo. E esse é o mal do futebol. Dá margem para essa juizada ruim e má intencionada agir como lhe for mais conveniente. Normalmente, como se trata de Corinthians, eles marcam quando é contra e ignoram quando é a favor. Ontem ele saiu da regra, e isso acabou com ele. Não conseguia mais se concentrar no jogo, pois só pensava no momento de compensar o pobrezinho do Atlético.
E esse momento chegou no segundo tempo. Leandro Castan ficou a dois quilômetros do Wagner Diniz, que segue as orientações recebidas no intervalo, e se joga, fazendo a alegria do juizinho vendido. Um penalty vergonhoso, que mostra porque temos a pior arbitragem do mundo.
Praticamente a partida se resumiu a esses lances. A volta do Gordo, seu golzinho, a consciência pesada do árbitro em dar um lance duvidoso a nosso favor, o alívio em poder compensar, e assim o empate acabou sendo o único resultado que caberia nessa partida.
Agora de volta ao caldeirão no domingo, e pelo bem da equipe, Ronaldo deve esquentar um lugarzinho no banco ou nem ser relacionado, o que seria a melhor opção. Vencer o Grêmio, e depois partir para espancar o flufluzinho, líder mais cagadinho da história do campeonato brasileiro.
Valeu!
| Neto, Wagner Diniz, Rhodolfo, Manoel e Paulinho; Chico, Deivid (Ivan González), Paulo Baier (Vitor) e Branquinho; Maikon Leite e Bruno Mineiro. | Julio Cesar, Alessandro, Leandro Castán, William e Roberto Carlos (Paulinho); Ralf, Elias, Jucilei e Bruno César (Danilo); Jorge Henrique e Ronaldo (Iarley). |
| Técnico: Paulo César Carpegiani. | Técnico: Adilson Batista. |
| Gols: Ronaldo, aos 35 minutos do primeiro tempo. Bruno Mineiro, aos 23 minutos do segundo tempo. | |
| Cartões amarelos: Maikon Leite, Wagner Diniz (Atlético-PR); Paulinho, Leandro Castán, Elias, Alessandro, Bruno César (Corinthians) | |
| Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba. Data: 08/09/2010. Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Assistentes: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adailton José de Jesus Silva (BA). | |
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