Acabou a copa do mundo. E o final fez juz ao que foi ela inteira. Tivemos um campeão medíocre para uma copa medíocre.
Não que a Holanda também não fosse um campeão medíocre se ganhasse. Mas pelo menos ao seu favor estaria a tradição, de já ter chego em três finais, e de nas duas anteriores ter mostrado ao mundo um futebol bonito, envolvente, com o famoso carrossel holandês, além de jogadores que gravaram seu nome na história, como Cruyf, e na minha época, Gullit e Van Basten.
A Espanha, campeã, sempre foi famosa pelos seus times, Barcelona e Real Madrid, que pela estrutura e força do dinheiro, esse que jorra lá por aqueles lados sabe-se lá como, apresentou um futebol chato, de resultado, sem nenhum jogador que mereça destaque, e "goleou" todos os seus jogos por 1 a 0, abrindo com uma derrota e ganhando agora na prorrogação, num gol que se o juiz não fosse tão vendido teria dado impedimento no início no lance, que originou num escanteio claríssimo não marcado a favor da Holanda.
Temos que ficar preocupados com os rumos do futebol. Jogadores sem habilidade e nenhum talento, abusando da violência, técnicos retranqueiros, jogo amarrado e limitado, como se fosse um grande torneio de pebolim. Nós corinthianos já presenciamos isso com o esquema do nosso técnico, que nos custou a Libertadores, mas que ironicamente pode presenteá-lo com a vaga de técnico da seleção brasileira.
Seleção essa que fez feio, como previsto, pela mediocridade dos jogadores e do técnico Dunga, e que graças aos deuses do futebol não prosperou, o que nos dá esperança de uma virada e a volta de um futebol com um mínimo de inspiração.
É o que esperamos agora na volta do Brasileirão. Que o Brasil, próximo palco da copa, apresente algo que valha a pena acompanhar, e que não prenda nossa atenção apenas pela nossa paixão clubística.
E que o Timão, líder, mantenha o nível dos últimos jogos, e que em momento algum inspire-se nessa copa medonha.
Valeu!
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