Hoje a noite o Corinthians encerra sua participação na fase de grupos da Libertadores, e com uma vitória ou empate, confirma a melhor campanha entre todos os participantes, assegurando assim a vantagem de decidir sempre em casa, inclusive a grande final.
Uma condição importante, que dá uma vantagem confortável, além do status de ser a melhor equipe da América, confirmando o respeito que todos já tinham pela gente. Isso confere também uma vantagem psicológica nada desprezível.
Mas, como para nós nada é fácil, o primeiro lugar irá nos confrontar com o pior classificado, e esse tem tudo para ser o Flamengo, ou o Inter.
Independente do adversário, temos tudo para passar adiante, pois somos mais fortes, e a tremedeira toda será do lado de lá. Mas aí mora um dos perigos. Sabendo que na bola será difícil ganhar, os adversários apelarão para o chororô, especialialidade inclusive do Inter, ou Chorolado como é mais conhecido, expediente já utilizado na final da Copa do Brasil, com aquele ridículo DVD.
E tem o fato de ser clássico. E isso faz zerar tudo. Nossa vantagem fica muito relativa nessa situação, diferente do que seria contra um adversário de fora do país.
O Flamengo está arrebentado. Perdeu o inexpressivo Campeonato Carioca para o fraquíssimo time do Botafogo. E ontem penou para vencer o medíocre e desclassificado Caracas da Venezuela, por apenas um gol de diferença, e por isso depende de outros resultados para passar de fase. Como consequência, o técnico Andrade será demitido.
Ou seja, tem todos os ingredientes para ser uma presa fácil. Mas aí que concentra o problema. Se passarem, nessa situação toda adversa, a classificação será a grande chance para uma virada. E nada melhor que enfrentar logo o maior rival brasileiro, e equipe mais visada e desejada por todos.
Uma vitória sobre o Corinthians e tudo o que aconteceu de ruim até agora será esquecido.
Por ser clássico, o fator campo também perde um pouco do seu peso. Podemos empatar, ou ganhar no Maracanã, mas eles podem fazer o mesmo no Pacaembu. Contra um adversário de outro país, um empate fora praticamente nos classificaria, pois em casa a vitória é certa.
E tem ainda o fator imprensa. No caso deles, positivo, pois a imprensa carioca joga junto com suas equipes. No nosso caso, altamente negativo. A imprensa paulista, formada por profissionais medíocres e de carater questionável, controlados pela seita bambi, farão de tudo para nos desestabilizar.
Enfim, não é questão de temer. Estou apenas refletindo sobre a realidade. Clássico é clássico, não há favoritos. Logo, a nossa vantagem se desfaz. Por isso prefiro um adversário de fora do país.
Mas se vier a urubuzada ou os chorolados, apesar de tudo descrito, vamos atropelar, pois ninguém vai nos impedir de conquistar a América dessa vez.
Quanto ao jogo, um adversário já sem chances de classificação, mas para encerrar a participação deixando um boa impressão, deverá dificultar as coisas para o nosso lado. Não fez uma boa campanha, mas é um time com certa tradição, de uma escola emergente do futebol sulamericano, e que hoje lidera o campeonato do seu país.
Então, nada de clima de oba-oba, de treino. Vai ser jogo duro, e a disciplina tática e vontade desmontradas até aqui deve prevalecer novamente. Se bem que um pouquinho de ousadia por parte do Mano não faria mal a ninguém.
Ronaldo foi sacado, em virtude de infelizmente ter sido um cone em campo. Mas mesmo nessa condição, é o Ronaldo, e sempre desperta o temor dos adversários. E num lance pode decidir a partida.
No seu lugar entra Iarley. Um jogador de boa técnica, raçudo e determinado, mas nada de excepcional. Mas por pegar a vaga do Fenômeno, e depois dos ti-ti-tis que estaria de mal com o grupo, vai ter que se desdobrar e mostrar que merece a chance de jogar no time titular.
Teremos mais rapidez, mas maiores dificuldades em criar situações de gol, pois mesmo parado o Gordo é referência. A esperança é que o aproveitamento seja bom.
Felipe continua fora e Júlio César deve ser o titular. Foi bem melhor no último jogo, contra o Racing, e se manter a crescente dá um um chute na desconfiança e na necessidade de contratação de um novo goleiro.
Agora é iniciar a concentração, para a noite mandar toda energia positiva para os nossos guerreiros.
A América é nossa, podem escrever isso.
Valeu!
| CORINTHIANS | IND. MEDELLÍN |
| Julio Cesar; Moacir, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Danilo; Dentinho e Iarley. | Bobadilla; Calle, Anselmo de Almeida, Jimenez e Valencia; Ortiz, Restrepo, Moreno e Barahona; Valoyes e Pardo. |
| Técnico: Mano Menezes. | Técnico: Lionel Alvarez. |
| Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 22/04/2010. Horário: 21h50m (de Brasília). Árbitro: José Federico Beligoy (Argentina). Auxiliares: Daniel Norberto Moyano (Argentina) e Roberto Reta (Argentina). | |
| Transmissão: O SporTV exibe a partida ao vivo. | |
| Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 21h30m (de Brasília). | |
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