É disso que eu tô falando. Raça + Corinthians = vitória!
Precisa tomar uma bronca como se fossem um bando de juvenis para fazer aquilo que é obrigação de qualquer grupo de futebol profissional?
Precisam ser lembrados como se fossem criancinhas mimadas que vestem o manto sagrado, e entrar em campo lutando pela vitória é obrigação, independente da posição na tabela?
As inexplicáveis derrotas em casa para o Goiás e o Atlético Pr, além do empate insosso contra o Fluminense deixaram a Fiel desapontada, e a um fio de revoltada. E aí amigo, quando a Fiel se revolta sai de baixo.
Mano percebeu isso. Ele, que mesmo sendo um técnico que tem nossa confiança, também estava em débito, porque o relaxamento do time passava muito pelo seu trabalho.
Porque ele, junto com a diretoria, passaram para os atletas que a missão já estava cumprida em virtude das conquistas do 1º semestre e a vaga na Libertadores. E jogador só funciona na base do choque. Se deixar eles a vontade, o chinelinho impera mesmo.
Algumas teorias conspiratórias já estavam brotando. A imprensa, ávida por crises no Parque São Jorge, comemorava a expectativa de um período de inferno astral, já fazendo suas matériazinhas sensacionalistas e maldosas.
Mas como diz o ditado, onde a fumaça há fogo. Ou, o povo aumenta mas não inventa. Algumas coisas que estavam saindo nos jornais não condiziam exatamente com a verdade, mas também não eram totalmente mentiras.
Alguns jogadores estavam com um grau de relaxamento maior mesmo, motivados não pelas conquistas, mas por interesses pessoais. Briguinha por aumento, insatisfação por não ter sido negociado, dentre outras coisas.
Isso contamina o grupo. Igrejinhas começam a ser formadas num cenário desses. Por isso, a bronca e a retomada das rédeas do grupo por parte do Mano foram fundamentais para a volta do bom futebol e a vitória sobre o Grêmio.
Não tão fundamental como a volta do Ronaldo. Nos dá satisfação ver como ele é decisivo, mas ao mesmo tempo preocupa. Sem ele, simplesmente o time não joga. Algo que também precisa ser corrigido pelo Mano.
A Fiel, mesmo desapontada, é sempre a Fiel. Acompanha o time porque esse é o motivo da nossa existência. Nossa paixão não se conta pelas chances matemáticas. Mais de 21 mil pessoas no Pacaembu, quando qualquer outro time, principalmente aquele da modinha, não levaria mais que 5 mil se estivesse em mesma situação.
Esse também é o recado para os jogadores. Estamos sempre com o time, não por vocês, não porque temos Ronaldo. Simplesmente, porque somos Corinthians, em qualquer situação.
Por isso, ao colocar o manto sagrado, cada jogador tem que jogar como se fosse o último jogo da vida. Tem que buscar a vitória sempre. Título para nós é cada partida do Corinthians. Sempre valerá, não se esqueçam disso.
Falo isso porque a bronca do Mano serviu para motivar os jogadores e ganhar um jogo, mas ao mesmo tempo, a cabeça nas férias continuam.
Matéria de hoje no Lance diz que já se pensa em dar férias antecipadas, visando o planejamento da próxima temporada.
Ok, pensar no grande ano que será o do centenário, com Libertadores, é algo que temos que defender. Mas isso não é justificativa para abandonar o campeonado brasileiro em curso.
As derrotas no Corinthians pesam mais que em qualquer outro clube. Terminar o campeonato de forma melancólica pode colocar por terra qualquer planejamento para o ano seguinte.
E, apesar de não pensar na matemática, o fato é que ela existe. Temos que jogar com garra cada jogo, somar pontos, e quem sabe, diante dos resultados dos adversários, podemos ainda ter chances de título.
Só não teremos chances nenhuma se abandonarmos o barco. E isso não pode acontecer.
Por isso, Mano, não repita o erro cometido a alguns jogos atrás. Aproveite o momento que recuperou a vontade de vencer do grupo e vamos com tudo nos jogos restantes.
Porque independente da matemática, nós estaremos lá.
E isso já é motivo suficiente para lutar.
Valeu!
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