sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Bambis esmagam a tradição, mas a Fiel resiste a tudo e a todos!!!

Nação,
Inegável dizer que a atitude pequena e arrogante da diretoria dos bambis nos deixou enfurecidos.
Vai ser difícil a torcida do Timão comparecer ao jogo com os ânimos desarmados. Mas vamos tentar, porque violência só gera violência, e o que importa de verdade é o amor que sentimentos pelo nosso time, algo incompreendido para muitos, principalmente para o nosso adversário de domingo, famoso por não ter torcida, e sim, seguidores de ocasião.
Triste ver que uma atitude tão desprezível e perigosa, que pode transformar o que seria uma festa numa grande tragédia, não ganhou a desaprovação esperada dos órgãos de imprensa, que se dizem embaixadores do bom senso. Pelo contrário, o que vimos foi um batalhão de cronistas esportistas correndo a escrever matérias procurando justificar e defender a posição adotada pela diretoria bambi.
Nem eles mesmos tentaram se defender, talvez sabedores que já tem a imprensa do seu lado e isso fica a cargo dela.
Mas, como existe esperança, um texto muito bom foi postado no blog do Mauro Beting, o qual eu peço licença e reproduzo abaixo.
Reflete o que toda a torcida corinthiana pensa, e pelo menos também as pessoas de boa índole, além de me remeter a uma época que vivi muito bem, os maravilhosos anos 80 e 90, quando ir ao estádio e assistir a um clássico era realmente um acontecimento único, inesquecível.
Leiam, vale a pena. O texto é de autoria de um torcedor, e, por isso mesmo muito bom.
Valeu!

Noventa
por Mauro Beting
Não poucos tricolores se manifestaram afirmando que irão ao Morumbi exatamente por entenderem que será praticamente um jogo de uma torcída só. Mais seguro. Não deixam de ter razão.

Este é um outro ponto de vista. Polêmico. Mas pacífico.
[[[[[[REITERANDO QUE O BLAG NÃO CONCORDA COM TUDO QUE ESTÁ ESCRITO ABAIXO]]]]
ESCREVE KADJ OMAN
http://vailateral.wordpress.com

Na década de 1990, comecei a me interessar o suficiente por futebol e passei a frequentar estádios.
Fui com meu pai a inúmeros jogos antes de começar a ir sozinho ou com amigos. Alguns desses jogos tinham uma aura especial: os clássicos.
Chegar ao estádio e ver do outro lado imensidão igual (ou quase igual) à sua, nas cores adversárias, provocantes, bandeiras pra todo lado, baterias, fogos de artifício, mesmo a tensão no chegar e no ir embora, tudo era parte indispensável da festa. A presença do outro enaltecia a nossa, nos fazia mais forte, tanto na vitória quanto na derrota, que era o momento de mostrar que gritávamos mais independentemente do resultado.
Os anos noventa terminaram, para mim, da melhor maneira possível: dois títulos brasileiros, 98 e 99, e jogos memoráveis entre o meu Corinthians e seus contrários, Palmeiras e São Paulo.
Todos eles no Morumbi.
Dez anos depois, o local ainda é o mesmo, mas outros noventa norteiam o primeiro clássico do ano: os noventa reais cobrados pelos míseros 6.800 ingressos “generosamente cedidos”, nas palavras do presidente são-paulino, para a torcida corinthiana.
Não bastasse a triste e descabida decisão de fazer um clássico sem o estádio dividido ao meio, que além de desabonar a tradição brasileira e o espetáculo em si provoca ainda mais insegurança para aqueles que se aventuram a comparecer ao jogo, dos dois lados, ainda há a lastimável cobrança de um preço absurdo pelos ingressos de visitante.
A guerra que sempre se instaura, às vezes apenas em forma de clima, outras em vias de fato, ganha tensão desnecessária, com as torcidas prometendo emboscadas e a polícia cacetadas. A rivalidade é acentuada da pior forma possível. E os torcedores dos dois lados sofrem para ver o jogo.
Por conta disso, no próximo dia 15 Corinthians e São Paulo farão um clássico ainda mais marcado pela confusão.
Primeiro porque muito mais do que 6.800 corinthianos comparecerão.
Segundo porque boa parte deles planeja não entrar e protestar, ato encorajado (com razão) pela própria diretoria do clube ao saber do preço dos ingresos.
Terceiro porque o jogo não se resume ao estádio, e por toda a cidade Tricolores e Alvinegros tomarão para si a briga emcampada pela diretoria são-paulina contra a Federação Paulista de Futebol.
E nessa guerra entre São Paulo e Federação, é o Tricolor Paulista quem se apequena ao fazer uso das mesmas práticas de Grêmios Barueris da vida quando enfrentam um grande em sua casa: abusar dos torcedores.
O clube cuja mídia propagandeia o maior sucesso em marketing esportivo, o pioneiro nas relações de mercado, o maior vencedor de títulos nacionais e internacionais do país parte para o ataque do lado errado, talvez receoso da iminente crescida do rival alavancada pela contratação de Ronaldo. Ataca sua torcida, a mesma que promete ultrapassar em dez anos, porque sabe que é nela que se baseia a força rival, talvez sem ter a real dimensão do poder - de reação e de destruição - dela.
E pra tentar disfarçar o ataque, irresponsável por colocar a cidade ainda mais fora de controle, transforma-o em promoção para sua torcida, que ganha o ingresso do clássico ao comprar antecipado os ingressos dos três jogos em casa na primeira fase da Libertadores.
Para além do questionamento sobre se é certo o preço abusivo (coisa que, na Inglaterra, tomada a todo instante por exemplo, não é permitida, uma vez que se obriga o time mandante a cobrar da torcida visitante o mesmo preço do ingresso mais barato para a torcida da casa), fica aqui a indignação de quem acompanhou todos os clássicos paulistas realizados na capital ao vivo e in loco nos últimos três anos, acompanhado da mulher, sem nunca ter presenciado uma cena sequer de violência, e que no domingo estará impedido de fazê-lo.
Não (só) pelo preço ou pela carga de ingresso.
Mas pelos princípios enquanto torcedor - sim, até nós temos um limite além do qual não admitimos ser desrespeitados.
De ouvido colado no rádio, estarei torcendo para que neste infeliz 15 de fevereiro os jornais televisivos não tenham que noticiar eventos tristes envolvendo o jogo.
Por mais difícil - e improvável - que isso pareça.
ESCREVEU KADJ OMAN

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