sexta-feira, 22 de junho de 2012

Corinthians x Boca Jrs. A maior final da história da Libertadores!

Nação,

Sem condições de escrever após o jogo que nos colocou na final. Adrenalina lá em cima, emoção total, alegria incontrolável... só queria saber de zoar e curtir o momento maravilhoso que os deuses do futebol nos proporcionaram.

E os deuses continuaram a agir, e depois de mais de 50 anos, finalmente realiza a maior final da história da Libertadores, colocando frente a frente as duas maiores paixões do continente, talvez do Mundo.

Corinthians x Boca, a final que a Libertadores clamava!

Final que era para ter acontecido há 12 anos atrás, quando o melhor time do mundo caiu diante de um medíocre rival que contava com a inusitada ajuda de um goleiro que por aquele dia se transformou em santo. Mas tudo tem sua hora, e se não aconteceu naquela época é porque o destino reservava o melhor para agora.

E depois de tanto anos ouvindo bobagens, aguentando recalque de sem time, chegar a uma final histórica, desbancando comédias metidinhos a estrela, e contra o maior vencedor da América, fico até feliz por não ter acontecido naquela época.

Porque agora será muito mais gostoso. Será inesquecível. O time do povo vai atingir a consagração total, e pela vontade dos deuses do futebol, que acredito estarem a nosso lado, conquistaremos o título de forma invicta, e nunca mais o Mundo esquecerá nosso feito.

O jogo contra o peixinho foi emocionante, pela importância, mas sinceramente, em nenhum momento temi pelo pior, porque tinha certeza que nosso time era melhor, apesar da mídia vendida tentar vender o contrário.

Jogamos de forma segura, um pouco mais recuado do que o normal, mas também por conta deles, que não vinham para cima, apenas ensaiavam uma pressão na intermediária, sem ameaçar de fato. Então, como não precisavamos da vitória e eles não tentavam, o jogo ficava naquele banho maria, perigoso, mas favorável ao time que tinha a vantagem.

Mas Corinthians sem emoção não é Corinthians. Na única oportunidade que o moleque dançarino conseguiu um espaço, criado depois de uma falta absurda que rachou a testa do nosso guerreiro Ralf e ignorada pelo bandeirinha que marcava até pensamento, a bola bate na trave e sobra para o cabelinho de calopsita empurrar livre e curtir ali seu único momento de alegria.

Deu um gelo, lógico.Já passei muitas coisas pelo Corinthians, alegrias e tristezas, e estava preparado para tudo. Mas olhei pro lado e vi meu moleque, olhos fixos e desesperados, e pensei: não, hoje não. Olhei para os céus e senti que os deuses não permitiriam novamente um desfecho trágico para o time do povo. Só que o time também precisaria se ajudar, algo tinha que ser feito.

E foi. Tite finalmente estava na mesma sintonia da Fiel, e como numa comunicação telepática tirou o inoperante reserva Willian e colocou o eterno Levezinho da Fiel, titular mesmo com um joelho só, e com isso mexeu com o time inteiro, mexeu com a alma da equipe.

O time se agigantou e aí meu coração se acalmou. O gol era questão de tempo. E veio rápido. Liedson sofreu falta, Alex, finalmente um monstro, cobrou na medida encontrando o maestro Danilo, gelado, consciente, corinthainíssimo até o último fio de cabelo, que tocou com categoria e selou um dos capítulos mais bonitos da nossa história.

Depois foi só esperar o fim e liberar a emoção que sufocava nosso peito. Lindo ver a fiel se negando a deixar o Pacaembu, gesto repetido pelos 40 milhões de loucos espalhados pelo país e pelo mundo, querendo que aquele momento fosse eterno. Só fui dormir mais de duas horas depois do fim do jogo.

Agora vamos completar a história, partindo para a conquista contra um gigante, e de forma invicta. Nosso problema era chegar a final. Agora que chegamos, decisão é nossa especialidade desde 1910, então é pouco prá nós!

Essa final de Libertadores nunca será esquecida, e nem os heróis que a disputarão.

Para desespero dos antis.

Aqui é Corinthians, e isso é bom prá c...

Valeu!

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