segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Corinthians 2 x 1 Atlético PR. Sem cagabilidade, mas com drama!

Nação,

Depois do vexame do último final de semana, numa derrota imperdoável diante do então lanterna, o Timão voltou a campo novamente contra uma equipe da zona de rebaixamento, mas desta vez, motivado pela enxurrada de críticas que recebeu, o time entrou mordendo, com o sangue nos olhos, e resolveu a partida nos primeiros cinco minutos.

Essa aliás é a marca registrada desse time. Só reagem sob forte pressão. O que é bom, demonstra respeito e vontade, mas ao mesmo tempo é preocupante, porque evidencia um certo relaxamento, que tem causado derrotas inesperadas e que podem custar o campeonato.

E a Fiel sabe que o time é assim, e por isso não tem relaxado um só minuto, comparecendo em massa em todos os jogos, mesmo depois de vexames como o de domingo, pois entende seu papel fundamental nessa conquista, de não abandonar o time jamais e lembrá-los sempre de que eles tem por quem lutar.

E ontem lutaram, e muito, seja na hora que tinham o comando total da partida, seja na hora que foram acuados, o que não faltou foi espírito de luta, determinação, velocidade e muita garra. E o resultado já apareceu logo aos dois minutos, com uma bela arrancada do Willian, tocando para o Liedson, que com inteligência arrumou para a bela definição do Paulinho. Dois minutos depois, Danilo rouba a bola, toca para o Emerson que chuta rasante no canto, fazendo o segundo gol, explodindo o Pacaembu e deixando o Atlético totalmente atordoado.

Só que aí entrou em cena um dos grandes defeitos desse time, que é a ineficiência. Foram eficientes demais nos primeiros 4 minutos, mas depois foi aquilo de sempre, gols e mais gols perdidos por pura falta de calma e capricho na hora de concluir. Poderíamos ter virado o primeiro tempo vencendo de 5, 6 e aí o segundo tempo seria apenas treino.

Mas aconteceu o que já estamos acostumados. O time não liquida a partida, vai para o intervalo, parece que toma lexotan, e volta totalmente desligado, enquanto o adversário aproveita os 15 minutos, faz as alterações necessárias, volta motivado e tomando conta da partida. Logo aos 3 minutos tomamos um gol, impedido, mas que não se pode tomar, porque o Paulo Baier estava sozinho e a marcação só olhando de longe.

Daí em diante sufoco, bola na trave, bola que quase entrou, e praticamente nem uma chance de fazer o terceiro. Importante é que mesmo perdidos em campo, o time tem maturidade e consegue segurar a onda do psicológico, garantindo uma vitória fundamental para a nossa caminhada rumo ao penta campeonato.

Faltam agora quatro decisões, e assim tem que ser encarado pelos jogadores. Vencer o Ceará será fundamental, porque o nosso rival pelo título, o Vasco, venceu o clássico ontem contra o Botafogo, continuando ao nosso lado, e no próximo jogo pega o rei da entrega, os ex-grande porquinhos. Esperar dignidade deles é pedir demais, o que pode nos ajudar é o risco de rabaixamento que ainda correm, e talvez aí resolvam jogar. Mas temos que fazer nossa parte, e que o Tite não erre na leitura novamente achando que empate fora de casa é bom resultado. Nessa altura só a vitória interessa.

A hora é agora, não existe mais depois.

Vai corinthians!

Valeu!


CORINTHIANS 2 X 1 ATLÉTICO-PR
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 13 de novembro de 2011, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Assistentes: Fábio Pereira (TO) e Jossemar Diniz Outinho (PE)
Público: 34.155 pagantes (total de 37.152)
Renda: R$ 1.245.573,00
Cartões amarelos: Paulinho (Corinthians); Heracles, Fabrício, Gustavo Araújo e Morro García (Atlético-PR)
Gols: CORINTHIANS: Paulinho, aos 2, e Emerson, aos 4 minutos do primeiro tempo; ATLÉTICO-PR: Paulo Baier, aos 3 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Julio Cesar; Welder (Wallace), Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Willian (Adriano), Emerson e Liedson (Morais)
Técnico: Tite
ATLÉTICO-PR: Renan Rocha; Wagner Diniz, Fabrício, Gustavo Araújo e Heracles; Deivid, Wendel e Paulo Baier; Marcinho, Guerrón (Morro García) e Adaílton (Nieto)
Técnico: Antônio Lopes

Um comentário:

  1. Bobagem querer racionalizar o desempenho dos times neste Brasileirão.

    Futebol é o que é por ser o esporte no qual o imponderável mais se faz presente.

    Neste Brasileirão, muito mais.

    Jornalistas, blogueiros, internautas, quase todos, quebraram a cara e queimaram a língua ao proferir juízos definitivos.

    A nós, corinthianos, cabe acreditar, e , principalmente, apoiar.

    O apoio (cujas intensidade e incondicionalidade nos distinguem das demais torcidas) é fundamental nessa reta final, devido ao grau de tensão e ao fato de que o time parece ter "virado o fio" no aspecto físico.

    Já ganhamos um título sobre o Vasco graças à sustentação que a Fiel deu a um time esgotado fisicamente, o qual estava há dois anos sem pré-temporada, engajado em disputas e conquistas de títulos: foi em 14 de janeiro de 2000, na conquista do 1° Mundial de Clubes, quando o grito ininterrupto de "Todo Poderoso Timão", por todos os 90 minutos regulamentares, 30 de prorrogação (terrível, na vigência da "morte súbita") e mais acréscimos produziu a injeção de ânimo que levou à consagração suprema um time excepcional, mas esgotado há meses.

    Os únicos parâmetros válidos para se julgar o nosso time são fornecidos pela comparação entre as diversas campanhas. O Corinthians é o líder do campeonato (posição que ocupou por mais de dois terços da competição).

    Falhou, e não ganhou em momentos em que poderia deslanchar irreversivelmente runo ao título? Sim. Mas quem não falhou? Este é, como já foi dito, o Brasileirão mais imprevisível e equilibrado da história. Mas o Corinthians é quem menos falhou (por isso é líder). O Corinthians é o único dos ponteiros que não sofreu nenhuma goleada (por isso é que tem a defesa e o goleiro menos vazados).

    Tite tem razão quando fala que esse Corinthians não é "cagalhão". Deslumbrante, de fato esse time não é (eficiente, sim; excelente, algumas vezes). Está faltando um pouco de gás, nesta reta final. As arbitragens estão, com constância absurda, errando grosseirante contra nós.

    Mas, "cagalhão", esse Corinthians não é. Cagalhão é o San7os, que é tido como o melhor time do Brasil, que foi ajudado com a remarcação de jogos, e que, mesmo assim, ficou longe da disputa do título. Cagalhão é o 5a0 paulo, que, se bobear, não vai nem se classificar para a Libertadores (o que é a morte, no clube da Casa de Shows do Jardim Leonor...). Cagalhões são os cariocas Flamengo, Fluminense e Botafogo, que, apesar de todo oba-oba da imprensa, praticamente caíram fora da disputa do título, depois da última rodada. Cagalhona e nanica vai ser a Associação Italiana de Desportos, se realmente se prestar, pelo segundo ano consecutivo, ao papel de entregar uma partida só para prejudicar o Corinthians, como pode acontecer na partida deste meio de semana contra o Vasco da Gama.

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