Nação,
Daqui a pouco novamente Timão em campo, no nosso Templo Sagrado - Pacaembu, enfrentando um rival difícil, um pouco pelo bom futebol que apresenta, e mais pelo atestado de pequenez, traduzido em falta de esportividade e um chororô digno de fazer inveja ao seu similar gaúcho, os famosos produtores de DVD's.
Mas assim como vencemos os pequeninos do sul, faremos o mesmo com os minúsculos de Minas. Porém, para isso, precisaremos manter o foco, desenvolver o mesmo futebol solidário e envolvente que nos coloca hoje no topo da tabela e com a áurea de invencíveis.
Existe um termo que diz que muitas vezes somos vítimas do nosso próprio sucesso. E o Corinthians vai começar a provar isso cada vez mais, pois nos tornamos o alvo, o time a ser batido. Nos vencer sempre foi o sonho dourado de qualquer equipe, e agora então vai virando uma questão de sobrevivência para os adversários, que já estão apavorados com a possibilidade de conquistarmos o título com muitas rodadas de antecedência.
E essa tem que ser a nossa meta. O time está excelente, jogando aquilo que podemos definir como futebol total. Nossos jogadores parecem gigantes enfrentando anões. São incansáveis em campo, ocupam todos os espaços, estão em todas as jogadas com disposição que tem causado paralização nos adversários. É difícil manter isso? Pode ser, mas jamais podemos entrar em campo pensando assim. Pois assim estaremos facilitando as coisas para nossos rivais, já entrando preparados para perder.
Não. Vamos entrar com o tradicional sangue nos olhos, e para nos vencer, terão que soar sangue e jogar o que não sabem. E isso sim é muito mais difícil de acontecer.
Por isso sou mais Timão. Ainda mais com a força da Fiel, novamente lotando o Pacaembu e totalmente conectada com o time, fazendo juz a nossa fama de décimo segundo jogador em campo.
Temos desfalques importantes. Mas os substitutos tem a mesma ou até mais qualidade. Renan tem potencial para ser melhor que Júlio César, e Ramon já demonstrou em alguns jogos pelos seus timecos anteriores que tem mais bola que Fábio Santos. Emerson é um ótimo e respeitado atacante, mas nesse caso perde para o Liedson, que é matador e adorado pela Fiel.
Mas o que vale é na prática, e os atuais titulares estão fazendo por merecer essa condição e o nosso total respeito. Júlio tem deficiências, mas é um guerreiro, um corinthiano autêntico, e isso faz muita diferença, tem muito peso dentro de uma equipe. E mesmo com as falhas, tem agarrado muito e por isso Renan terá uma responsabilidade muito maior do que quando chegou. Semelhante a situação do Fábio Santos, antes contestado, mas que tem jogado muito, principalmente taticamente, e o Ramon também terá que jogar muita bola para manter o ritmo.
Quanto ao Emerson, os estilos são diferentes, e aí mexe no comportamento do time como um todo. Provavelmente Willian jogará mais a frente, fazendo o papel que originalmente é do Liedson, e o Sheiq fará o seu. Com isso poderemos perder velocidade e versatilidade, já que o garoto tem voado em campo, dando opções em todos os setores do ataque além de ajudar na marcação, aparecendo até na nossa área como se fosse um zagueiro. Mas o Emerson tem qualidade, é experiente e se não abusar da firula como no jogo contra o Botafogo, pode atuar bem e desencantar hoje, marcando o primeiro gol com a camisa mais importante do futebol brasileiro.
O elenco tem funcionado durante as partidas. Se for mantido o foco, a vontade, a disposição, vai funcionar hoje também desde o início.
Já falei em outros momentos, e agora então isso cai como uma luva, que se o Corinthians igualar na vontade, o adversário fica pequenininho. E no atual momento em que estamos jogando muito futebol, as chances do outro lado praticamente não existem.
Restam a eles chorar, coisa que todos fazem muito bem, há 100 anos.
Vai Corinthians!
Valeu!
Corinthians x Cruzeiro
Pacaembu - 16:00hs
Corinthians: Renan, Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Ramon; Ralf, Paulinho e Danilo; Willian, Emerson e Jorge Henrique (Alex). Técnico: Tite
Cruzeiro: Fábio; Vitor, Naldo, Gil e Gilberto; Fabrício, Marquinhos Paraná, Éverton e Montillo; Ortigoza e Wallyson. Técnico: Joel Santana
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