quinta-feira, 23 de junho de 2011

As lições que devemos aprender!

Despedida do André Santos e Cristian, símbolo do desmanche
Nação,

Não teve jeito. Como estava mais do que na cara, os pequeninos da baixada confirmaram o favoritismo e conquistaram a Libertadores, neurose máxima na cabeça de 10 em cada 10 corinthianos.

O normal no futebol, pela rivalidade, é torcermos pelo fracasso alheio. Isso faz parte da cultura, não tem nada de mais nisso, desde que seja pelo lado da zoação, da tiração de sarro, de sacanear os amigos. Da mesma forma que quando eles conseguem o sucesso, temos que aturar. Se bem que no caso dos pequeninos, isso nem chega a ser uma tortura, pois dificilmente alguém tem mais do que 2 ou 3 amigos santistas, quando muito, e por isso a zoação que temos que aguentar é mínima.

Mas tirando esse folclore natural do futebol, temos que reconhecer o mérito quando nossos rivais alcançam o sucesso, e procurar tirar um aprendizado disso.

Porque eu sempre digo que o Corinthians não ganha a Libertadores não por uma maldição, por azar, pelo destino. Não. O Corinthians não ganha Libertadores PORQUE NÃO SE PLANEJA PARA GANHÁ-LA!

É isso. Vou além, nas últimas participações o planejamento parece ter sido justamente PARA NÃO VENCER A NEUROSE.

Não tem jeito. Se não se planejar para ganhar esse título, não ganha. E o que é planejamento nesse caso? Simples, tem que ter a combinação: TIME X TÉCNICO X TORCIDA.

Detalhando: time bom, com bons jogadores, técnico bom e torcida satisfeita e envolvida.

Tudo o que não tivemos na última Libertadores. E o que é pior, tínhamos até seis meses antes, e nos foi tirado pelo BUSINESS PARAGUAIO do Sanchez, Gobbi e todos os míopes da diretoria.

No primeiro semestre de 2009 tínhamos o melhor time do país. Vencemos o Paulistão de forma invicta, e levamos o tri da Copa do Brasil com brilhantismo que mesmo com o mi-mi-mi do Chorolado, com DVDzinho medíocre, nem o mais demente dos anti-corinthianos teve coragem de levantar um "A" sobre a nossa conquista. Pelo contrário, nosso time era admirado pelos rivais, outra coisa natural no futebol, porque o brasileiro, acima da rivalidade e de qualquer outra coisa, gosta de futebol, de jogo bem jogado, de arte.

Começamos o Brasileirão daquele ano de forma fulminante. Não tínhamos adversário, e o nosso favoritismo era tanto que muita gente projetava que iriamos ganhar o campeonato com umas 10 rodadas de antecedência. E iríamos mesmo.

Seria a conquista da "tríplece coroa", a consagração de uma equipe que foi montada no período mais triste da nossa história. Tínhamos uma equipe pronta, fortíssima, um técnico com total domínio sobre o time e com aprovação total da torcida, que por sua vez, estava em lua com o clube.

A manutenção daquela equipe iria fortalecer ainda mais tudo isso, e não tenho a menor dúvida de que iríamos "brincar" naquela Libertadores. A conquista iria ser tão tranquila que no final iríamos nos perguntar: então é assim, essa moleza?!!!

Mas nossos gênios do business, que não enxergam um palmo a frente do nariz, ou então, e o mais provável, só pensam em sacanagem e ganhar dinheiro as custas do clube e da torcida, desmancharam a equipe. Venderam por migalhas a espinha dorsal do time. Mais que isso, venderam a alma da equipe.

O time de imbatível passou a ser uma equipe comum. Ronaldo, grande astro dentro e fora de campo, murchou, e isso contaminou ainda mais a equipe. Mano Menezes, o técnico de que todos eram "manos", perdeu grande parte da sua popularidade junto a torcida, pois foi totalmente conivente com o desmanche. E por trás de tudo estava a torcida, que trocou a euforia e o apoio incondicional pela desconfiança, indignação, tristeza em ver um grande time ser destroçado por causa de merreca.

Entramos na Libertadores sem um time, com o Mano tentando dar padrão e ritmo de jogo para um amontado de veteranos e jogadores de talento duvidoso, contratados para tentar remontar a equipe. E para completar o circo de horrores, a diretoria continuou com seu business de asno, cobrando ingressos exorbitantes, afastando a torcida do time no momento em que ele mais precisava de apoio, de calor, de vibração.

Aí amigo, nem com um milagre para ganhar.

A conquista dos nossos "co-irmãos" ontem comprovam exatamente isso. Para conquistar a Libertadores, tem que se preparar para ela, se planejar, tem que querer.

Os caras, por uma bondade dos deuses novamente, formaram um grande time desde o ano passado. Quer dizer, não é só obra do acaso não, vamos reconhecer, porque eles valorizam as categorias de base, e quem faz isso sempre colhe frutos. Nós somos o maior exemplo disso, quando tínhamos uma base, diferente de hoje, jogada as traças e a interesses nada nobres.

Formaram um time com garotos da base, contrataram pontualmente jogadores experientes e de qualidade para as posições carentes, e com isso se tornaram o melhor time do país. Se o diretor deles fosse o Mário Gobbi, na primeira oferta da Grécia, Turquia ou Ucrânia, bye bye Neymar, Ganso e qualquer outro "vendável". E o pior, por mixaria, rateado entre trocentos investidores ocultos.

Mas como os caras não tem o mesmo azar que o nosso, seus dirigentes pensam no clube, e por isso mantiveram os principais jogadores, e ainda deram qualidade ao time contratando jogadores de bom nível e promissores para as posições carentes. Fizeram a cagada de trazer o técnico pardal Adilson Batista no início do ano, mas corrigiram rápido, trazendo nada menos que o melhor técnico do país, Murici Ramalho. Aliás, a troca de técnico foi fundamental, porque nas mãos do pardalzinho, a vaca tava indo pro brejo na primeira fase. Reagiram, incorporam, cresceram e ganharam.

Ou seja, repetindo, usaram a fórmula mágica BOM TIME X BOM TÉCNICO X TORCIDA ENVOLVIDA.

Nós temos a torcida mais envolvida do Mundo, em qualquer situação. Se montar e manter um bom time, com um bom técnico, vamos ganhar fácil.

Não é o que estamos vendo no momento. Temos um time eternamente em formação, ainda reflexo daquele desmanche absurdo, e de outros na sequência. Trouxemos reforços que o técnico prefere reduzí-los ao nível dos que estavam, ao invés de aproveitar sua maior qualidade na equipe. O Renan é melhor que o Júlio César, mas Tite vai acabar com sua confiança até ele se tornar um porcaria. E se der, vai fazer o mesmo com o Alex para preservar o queridinho Danilo.Então, se conquistarmos a vaga para a Libertadores, tenho dúvidas se teremos um time pronto. E se tivermos, tenho mais dúvidas ainda se o "business man" irá mantê-los.

Aí de fato fica difícil.

Vamos torcer para o time se encorpar, crescer, ganhar confiança. Vamos acreditar que o nosso fraquíssimo técnico também cresça. E vamos proibir a diretoria de estragar tudo de novo, inclusive na questão do preço dos ingressos.

Quem sabe assim, no ano que vem somos nós que estaremos curtindo o gostinho do sucesso, e sacaneando merecidamente os desesperados antis.

Só depende da gente, ouviu Sanchez???!!!

Valeu!

2 comentários:

  1. http://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/06/23/jornal-popular-provoca-o-corinthians-apos-tri-santista/comment-page-26/#comment-188206
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    O autor da manchete acima relatada entrou para a história, com o momento mais baixo da história do jornalismo brasileiro.
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    A sua agressividade contra o Corinthians é indecente, intolerável para qualquer órgão que possa ser chamado de “imprensa”.
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    E o atingido por essa estupidez não é só o Corinthians, mas também o Santos, que viu a sua glória desmerecida ao ser instrumentalizada para ofender um outro clube que não teve qualquer participação ou interesse na decisão da Libertadores jogada no Pacaembu.
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    É inadmissível que essa publicação não se retrate do grave erro cometido.
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    O mínimo que se espera é uma manchete de desculpas e reconhecimento da lamentável deslize, acompanhado do afastamento sumário do autor dessa barbaridade.
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    Obs: Para quem não sabe, a publicação em questão faz parte do Grupo Lance.

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  2. meu, pode passar mais cem anos, q vcs nao chegarao aos pes do santastico!!!! vcs sao time de bairro, de ZL... choraaaaa é triiiiii
    octa brasileiro
    tri liberta e futuro
    tri mundial
    chora juventao

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