domingo, 6 de fevereiro de 2011

Hoje tem o único clássico que interessa. Mas o resultado dessa vez não muda nada!!

Nação,

Daqui a logo mais enfrentaremos nosso maior rival, no único clássico que de fato nos importa.

Vamos torcer pela vitória, como sempre, mas desta vez o resultado pouca interessa.

Não vai mudar em nada o nosso anseio por mudanças. Não vai cessar nossos protestos. Não vai diminuir nossa angústica e revolta com os desmandos e a forma criminosa que o Sanchez vem dirigindo nosso clube. Não vai mudar  nossa indignação pela manutenção de um técnico medíocre. Não vai mudar nosso senso crítico em relação a jogadores milionários e vagabundos no exercício de sua função.

A questão agora vai além de vitórias e derrotas. Estamos lutando pela nossa sobrevivência enquanto Corinthians, o time do povo, e não esse projeto de time elitizado conduzido por esse presidente bandido e mal intencionado.

Ontem tivemos um protesto mais veemente da torcida. Tiveram alguns atos de excesso, com pedradas, mas vamos parar de hipocrisia barata, isso é esperado por tudo que envolve o futebol, pelo comportamento do time, pelo desprezo da diretoria e principalmente por ser uma reação esperada quando se fala de massas.

O que vocês acham que aconteceria se o presidente do Egito aparecesse no meio da multidão de 1 milhão de pessoas que se reuniram para pedir sua renúncia?

Não se trata de incentivar a violência. Se trata de não ficar desviando o foco, com palavras vazias, com discurso hipócrita e demagogo, comum a nossa podre imprensa. Ontem tive nojo da SPORTV. E agora pouco mais ainda da Globo, com a presença de um dos maiores responsáveis pelo que estamos vivendo, o Ronaldo, achando que tudo se resolve com entrevistinha com cara de choro. Vai pro inferno, trabalhe vagabundo, e honre o Manto. Corinthians não é seu brinquedo.

A reação veemente dos analistas esportivos, pedindo prisão perpétua para os "bandidos" disfarçados de torcedores - que bobagem - não é a mesma diante de atos concretos de violência da nossa sociedade.

Milhares de pessoas são assassinadas, assaltos, sequestros, estupros, corrupção desmedida, e não vemos tanta indignação. Mas uma pedrada de torcedor o transforma no maior fascínora, e deveria ser condenado a cadeira elétrica.

O time não entrará mais abalado por causa das ações da torcida. Entrará porque não está preparado para jogar futebol. 

E, infelizmente, isso sim algo lamentável, entrará abalado pela morte do William Moraes ontem a noite, assassinado em Belo Horizonte durante um assalto. Nosso jovem talento, incompreensivelmente emprestado para o América-MG. Mas isso pouco importa discutir agora. O que nos abala foi esse triste acontecimento, e levamos aqui nosso apoio e solidariedade a toda sua família.

Isso sim merece indignação e revolta, mas não veremos isso da imprensa podre.

Porque é mais gostoso falar do vandalismo da torcida, que é o efeito, e ignorar a causa, que é a péssima administração corinthiana, além do cenário do futebol brasileiro, condenado desde a promulgação da Lei Pelé.

Se o Corinthians está nessa draga hoje, isso também passa por essa maldita Lei. Criou os empresários, que mandam nos clubes. 

Mas isso não é atacado pela imprensa, por uma razão simples: estão todos envolvidos até o último fio de cabelo. Jornalistas ganham dinheiro com o atual esquema do futebol. São funcionários dos empresários e dirigentes sujos. Por isso é mais conivente chamar o torcedor de bandido, para preservar os verdadeiros, os quais eles se incluem.

Vamos acompanhar o Timão. Torcer pela vitória. Mas ela não trará a alegria necessária, porque o que precisamos agora é de mudanças. Assim como a derrota não aumentará a tristeza.

E Ronaldo, você parece que ainda não entendeu o que é Corinthians. Esquece essa porra de twiter, treine, se dedique, corresponda em campo que voltaremos a te admirar.

Caso contrário, obrigado e adeus.

Isso serve para todos.

Sem valeu!

Palmeiras: Marcos; Cicinho, Thiago Heleno, Maurício Ramos e Rivaldo; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga e Luan; Dinei e Kleber.

Corinthians:Julio Cesar, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Jucilei, Paulinho (Ramírez) e Danilo; Jorge Henrique e Edno.

Um comentário:

  1. O que me irritou na entrevista do Ronaldo foi o seu ar de superioridade dizendo-se contra a violência. Ele ignora que a maior parte da torcida - que não recorreu a violência - não está magoada apenas pela desclassificação na pré-libertadores, mas sim pelo futebol covarde que ele e os demais têm apresentando, tudo isso com a anuência da diretoria (outra incompetente). Faltou ao telejornalismo da Globo estrevistar o torcedor comum e não ouvir apenas um lado da história. Faltou o lado que Ronaldo, Andrés, Tite e imprensa insistem em não ouvir. Passamos por lunáticos e eles por vítimas.

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