Nação,
Mais um jogo em casa, com torcida toda a favor, e novamente deixamos de somar pontos importantes.
Nas duas últimas partidas, contra Santo André e ontem contra o Avaí a obrigação de vitória era nossa, e por isso ganhar apenas 2 pontos em 6 foi horrível.
Por outro lado, os efeitos do desmanche ainda são nítidos e provavelmente nos acompanharão até o final do campeonato. Nesse sentido, não perder já é lucro.
Até porque ontem o time mostrou um pouco mais de qualidade. Merecíamos até vencer. Esbarramos na muralha do goleiro deles e também na falta de capricho e uruca dos nossos atacantes.
O Souza deve além de treinar por umas 12 horas diárias, tomar um banho de sal grosso e se benzer.
Individualmente os jogadores estão se esforçando, até jogando bem, mas como equipe ainda deixamos muito a desejar, principalmente tomando como parâmetro esse mesmo time há duas semanas atrás, antes do desmanche.
Perdemos o encanto. O melhor time do país, que arrastava multidões dentro e fora de casa, que era comentado em cada butequim, agora é um time comum.
Temos que aprender a conviver com essa nova realidade. É difícil aceitar.
Principalmente quando o poder de convencimento das pessoas que realizaram a façanha de destruir o time é baseada na agressão, no insulto, no desrespeito ao torcedor, esse sim a peça mais importante no tal "business".
A retomada do Corinthians ao caminho das vitórias e do bom futebol passa por alguns fatores, como a contratação de reforços de qualidade para repor aqueles que saíram.
Mas o principal fator será reencontrar a magia perdida, reencontrar o elo com a torcida, que continua apoiando mas que sentiu o golpe.
Ganhamos dois títulos expressivos, é verdade. Mas somos o Corinthians. Ganhar título faz parte da nossa história.
Desde 2002 que não tínhamos um time bom, competitivo, totalmente integrado com a torcida.
Nos tirar isso assim, de repente, e ainda nos ofender, foi demais.
Temos que superar, reencontrar o rumo, mas depende muito das pessoas que foram as responsáveis por criar essa situação.
Além da busca de reforços, um pedido de desculpas talvez fosse mais efetivo do que um monte de entrevistas desencontradas e sem conteúdo, né seu Mário Gobbi?!!
Agressão da torcida
Conforme amplamente noticiado, com o estardalhaço e sensacionalismo de sempre, membros da Camisa 12 estavam no Parque São Jorge, e ao se desentenderem com Mário Gobbi, um deles atirou uma cadeira em sua direção, atingindo-o.
Jamais devemos aplaudir atos de violência, descontrole.
Mas a postura da maioria das pessoas quando acontece algo assim no futebol é surprendente.
Reagem como se vivessemos na Suíça,numa sociedade em que a violência inexiste.
Não parece que é o país onde dezenas de chacinas acontecem todos os dias.
Não parece que é o país onde um cara sai do carro com uma barra de ferro para matar outro por uma discussão de trânsito.
Enfim, muita hipocrisia, devidamente alimentada pela mídia marrom.
Os atos de violência são condenáveis, mas num país como o nosso, as pessoas devem saber que o melhor para se evitar é ter postura, educação e respeito no trato com o próximo.
Mário Gobbi não teve nada disso nos últimos dias. Foi arrogante, presunçoso e super mal educado.
Ofendeu a torcida do clube que dirige. Para quem fala em business, cometeu um erro imperdoável. Já viram algum comerciante xingar seus clientes? Se fizer isso, vai a falência rapidinho.
Lamento pelo ocorrido, mas que sirva de reflexão para ambas as partes.
Para a torcida, que ela se contenha, mantenha o foco na equipe e na paixão pelo clube, e não cometa atos assim que só depõe contra.
E para o Mário Gobbi, que olhe para o futebol e para o torcedor com mais respeito e menos arrogância.
Não vamos ficar martelando nesse assunto, fazendo o papel dos carniceiros sem carater da imprensa, como Flávio Prado.
Porque senão, o tal elo que me referi, será cada vez mais difícil de ser restabelecido.
E agora, mais do que nunca, vamos precisar de todo mundo. Temos que voltar a ser um só novamente.
Valeu!
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