quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O melhor time do campeonato pode ser rebaixado e um dos piores pode ser campeão. Viva o sistema europeu!!!

Nação,

Todos já ouviram falar que o brasileiro tem síndrome de vira-latas.

Uma expressão que ilustra o sentimento de inferioridade em relação aos países de primeiro mundo, sobretudo os americanos.

Isso teve sua razão de ser. Não pelo fato de sermos um país em desenvolvimento, mas porque há alguns anos atrás o "primeiro mundo" estava a nossa frente em tudo, anos luz.

Um carro era lançado nos Estados Unidos e só chegava no Brasil anos depois. Quando chegava. E assim em tudo, na moda, na música, na tecnologia.

Hoje, com o mundo globalizado, isso mudou. Os lançamentos são simultâneos e mundiais, e temos acesso a tudo que os "primos ricos" tem.

No entanto, vira-lata é vira-lata. Você pode tratar ele como um "pudle", ter todos os cuidados e mimos, mas se deixar o portão aberto ele foge para a rua e volta uma carniça.

Digo isso para ilustrar o nosso comportamento no futebol.

Esse sempre foi o único setor em que não tínhamos porque ter sentimento de vira-latas. Pelo contrário. Sempre fomos a maior, mais temida e admirada potência futebolística.

E ainda somos. Mas os vira-latas de plantão não se conformavam com isso. Precisávamos fazer algo "de primeiro mundo".

E aí os gênios adotaram o sistema de pontos corridos no nosso campeonato, porque "na Europa inteira é assim". E estabeleceu o número máximo de 20 clubes, com 4 rebaixados, igualzinho "no primeiro mundo".

Uma beleza. Os defensores dizem que esse método é o mais justo.

Já tivemos fórmulas mirabolantes, concordo, mas alguém teria coragem de dizer que algum campeão não foi justo?

O fato é que graças a essa adaptação ao modelo primeiro mundista, podemos ter no final do campeonato o rebaixamento de uma das melhores, senão a melhor equipe do momento, o Fluminense, e ter como campeão uma das piores, o Palmeiras, se bem que isso vai ser difícil, principalmente com eles se pegando em campo.

Ou seja, o brilhante método dos pontos corridos não premia as melhores equipes. Por ser uma campeonato longo, burocrático, no seu final ele não retrata a realidade futebolística do momento.

Falaremos mais sobre isso.

Valeu!

2 comentários:

  1. um pouco incoerente sua opinião...no sistema mata mata o melhor time do momento q vc diz ser ( fluminense ) nao teria se classificado de qualquer maneira e provavelmente ja teria caido e o pior time no momento , poderia ser campeao , pois se classificaria em primeiro e poderia empatar todos os jogos

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  2. Daniel, quando abordo o campeonato de pontos corridos, não é apenas no campo do sistema de pontuação. É na fórmula como um todo.
    Esse modelo europeu determina que todos os times precisam se enfrentar em jogos de ida e volta.
    Com isso, o Brasil, país de dimensões continentais, precisa restringir a participação a apenas 20 clubes.
    Desses, quatro mudarão de divisão no ano seguinte.
    Considerando que diferente da Europa, onde 2 ou 3 clubes são considerados grandes e o resto só faz volume, aqui temos pelo menos 12 grandes, e os demais incomodam um bucado.
    Logo, a possibilidade de um grande cair é 10, 20 vezes maior do que na europa.
    Ainda tem o fato que, em determinado momento do campeonato, equipes que não tem mais o que fazer não apresentam o mesmo grau de dificuldade competitiva que tiveram em outros jogos.
    Então, o conceito de justiça é totalmente relativo.
    Talvez o fluminense, pela draga que foi durante 70% do campeonato, não seja um bom exemplo. Mas no mata-mata, independente de classificar em primeiro ou oitavo, o campeão no final sempre é o melhor time.
    Basta ver nossa história.
    Valeu!

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