quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O ALPHAVILLÃO 2009

Nação,


Peço licença para reproduzir um brilhante texto. É de um rival, mas que merece respeito, diferente do timeco do Jardim Leonor.

Valeu!

Do blog Cruz de Savóia
O ALPHAVILLÃO 2009

03/11/2009 por Seo Cruz

Há quem não entenda o verdadeiro espírito do Futebol e o perceba como mais um esporte apenas. Pior do que essas almas mornas, no entanto, são aqueles que perseguem a superioridade no esporte como forma de afirmar a excelência de sua casta e de seus ideiais: este princípio, digamos, eugênico, é rico de exemplos em sociedades totalitárias através dos tempos.

Aqui no Brasil cabe ao time da ditadura militar o papel nojento de vencer a qualquer custo para tentar diminuir a história, a cultura e as glórias de todos os outros. Com isso, o Futebol (o maior patrimônio cultural do nosso povo) vai perdendo a cada temporada sua alma, sua alegria, sua legitimidade.

Ano após ano as torcidas vão desistindo de ter fé na idoneidade de um certame dominado por essa gente sórdida, incapaz de enfrentar seus adversários em campo - uma gente covarde que, por medo de perder e expor sua insignificância histórica, corrompe nos bastidores cada edição do Campeonato Brasileiro.

Se em 2007 tivemos um campeonato de pontos roubados que gerou dossiês pela rede Verde apenas, em 2008 tivemos o ‘Madonnão’ repercutindo nacionalmente. Seria difícil acreditar, então, que em 2009 mais um torneio nacional fosse parar nas mãos de um campeão ilegítimo – até mesmo pelo fato de que todo mundo hoje sabe do que se trata o clube de Adhemar de Barros e Laudo Natel.

Mas eis que está em curso o Alphavillão 09, pois nada evolui tanto quanto esse lixo putrefato. Como matéria orgânica se decompondo, essa massa podre se recicla, se transforma em outra forma de vida tóxica e volta a nos contaminar de maneira ainda mais letal.

O SPFC é um vírus para o qual a humanidade ainda não descobriu a cura.

Como é possível passar sem uma investigação mais séria do comando do futebol brasileiro a tentativa criminosa de desviar o curso do Brasileiro, patrocinada pelo Nazi Club de Vila Sônia e seu pequeno clube de aluguel, o Alphaville? Isso vai ficar assim mesmo?

Nos últimos dias, o SPFC definiu valores (dinheiro, grana) para a compra de um jogador e arrendamento da arena do clube de fachada do centro comercial de Barueri. Na mesma semana, numa atitude que surpreendeu e chocou qualquer pessoa que acompanha o desfecho emocionante do certame, o Alphaville me saca de campo um de seus melhores jogadores (o artilheiro do time) e seu goleiro titular (este operara milagres no jogo anterior, contra o Flamengo), que são assim impedidos pela própria direção do clube de enfrentarem o SPFC em seus domínios.

É verdade, os que sobraram em campo lutaram com brios. Com raiva mesmo – percebeu quem assistiu o jogo. Foram para cima, deram sufoco em pelo Privadão e tiveram um pênalti escandaloso suprimido pelo árbitro: 1 x 0 para o time do AI-5.

Como se não bastasse, o presidente do Alphaville, logo após ter conseguido cumprir as metas do patrão, volta atrás em sua decisão e reintegra ao elenco seus destaques, que agora devem enfrentar o Internacional, outro postulante direto ao título.

O amigo Fernando Kamers já havia preparado este ano um dossiê muito bem embasado, mostrando o quanto o Brasileirão já estava comprometido por essa corja assassina e sua volúpia pelo poder absoluto: pode rasgar, meu velho. Arrumaram um jeito novo de roubarem mais uma taça, porque esses vermes se reiventam numa velocidade impressionante.

Resta saber até quando o povo inteiro vai ficar calado. Resta saber quanto tempo ainda vai demorar para que se torne senso comum a clara percepção de que o SPFC é um clube nocivo à sociedade, uma organização criminosa que perdeu o direito de existir.

..

Um comentário:

  1. Essa organização criminosa alimenta o poder. E isso vai continuar assim enquanto a elite for favorecida. A voz do povo é calada por essa camada podre que só mancha o futebol brasileiro.
    Já está ridículo. Tornou-se escandaloso esse favorecimento a um time incapaz de jogar com as próprias pernas.

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