segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Prá fazer isso, melhor nem jogar aos domingos mesmo!!


Nação,

O que falar depois de um vexame desses?

Logo após o jogo tentei escrever algo, mas depois do centésimo palavrão resolvi que seria melhor esfriar a cabeça e deixar para o dia seguinte.

Hoje realmente a cabeça tá mais fria. Mas não menos inxada. E a ressaca sempre é pior do que a bebedeira. Tá difícil.

Mas vamos lá. Depois do jogo contra o Coritiba, quando muita gente saiu frustrada com o empate, eu disse que o resultado não foi ruim, dado as circunstâncias e o time que levamos a campo naquela ocasião.

Já ontem, as circunstâncias eram diferentes, muito mais favoráveis.

O jogo era em casa, num Pacaembu com mais de 35 mil fiéis. O Fenômeno estava de volta, mesmo fóra de forma. E o adversário vinha de uma crise, por conta de resultados ruins, pela ciumera do elenco com o mau carater Fernandão, agravado com as declarações do seu técnico demente.

Otimismo total ainda por conta dos tropeços dos principais adversários.

Só que futebol é comemorado nas arquibancadas e jogado dentro de campo. A festa é por nossa conta, mas lá dentro eles tem que representar, jogar sério, com vontade e muita disciplina tática.

Mas os papéis se inverteram. Se pegasse um catadão na arquibancada jogaria mais do que os caras.

Simplemente ridículo o que o Mano fez ontem. Aliás, contra o Coritiba ele já tinha errado na formação da equipe na primeira etapa. Fez novamente, e dessa vez pagou muito caro. Eu gostaria de entender porque os técnicos atuais tem verdadeira tára por esse esquema de jogar com três zagueiros. É só ter uma oportunidade, qualquer probleminha que logo os caras correm para esse esquema.

Tem times que até conseguem produzir com três zagueiros, mas decididamente o Corinthians não é um desses times. No início do ano o Mano insistia nesse esquema, mas depois dos protestos da torcida consciente, aquela que enxerga minimamente o jogo, ele abandonou e implantou o 4-3-3, que caiu como uma luva.

Compreendo que esse esquema necessita de um bom entrosamento, de obediência tática e principalmente de qualidade das peças. Por isso a ausência do Jorge Henrique é muito sentida.

Mas entre manter uma formação que o time sabe jogar e arriscar outra em que todos os jogadores terão que jogar de forma diferente, é melhor optar pela primeira.

Foi o que ele fez depois que a vaca já tinha ido para o brejo. A entrada do Bill no segundo tempo deu outra dinâmica para o time, que com três atacantes encurralou o Goiás e tirou a tranquilidade da zaga, que não tinha tido trabalho nenhum no primeiro tempo.

Temos tido desfalques importantes, ainda não podemos contar com os novos contratados, o Ronaldo tá voltando agora, então reconheço que para o técnico é complicado.

Mas se ele procurar não complicar ainda mais já ajuda. Não pode é o Elias numa partida ser primeiro volante, na outra é segundo e depois já vira armador. O Jucilei tem dia que é lateral, tem dia que é volante, às vezes joga pela direita, outras pela esquerda. Ou seja, tá virando uma salada danada e aí não tem jogador que entenda.

O jogo de ontem era fundamental. Não só para as nossas pretensões no campeonato, que é ganhar o título, mas também pelo adversário.

Tem partidas que simplesmente não se pode perder. Você tem que por isso na cabeça dos jogadores. Esse timeco sem vergonha do Goiás foi o responsável pelo nosso rebaixamento, num esquema nojento com o Internacional, e os principais protagonistas estavam em campo ontem, Iarley e Fernandão.

E foram justamente eles os melhores jogadores da partida. Porque o nosso time deixou eles a vontade. Pô, tinha que chegar com sangue nos olhos e partir os caras no meio.

Então mais isso eu credito na conta do Mano. Ele não preparou a equipe para a importância do jogo, nem taticamente e nem psicologicamente. E me arrisco a dizer que também fisicamente, porque o time tá sem pegada, tá lento e se contundindo muito fácil. Tá na hora de avaliar melhor o trabalho do preparador físico.

Outro problema desse time é a bola aérea. A nossa bola aérea não assusta ninguém. Raramente fazemos gols de escanteios ou de faltas. Já a bola aérea dos nossos adversários, qualquer um, é mortal. Nunca ví uma equipe se posicionar tão mal.

Isso também tem que ser colocado na conta do senhor Mano. Isso é treinamento. Quinze dias em Itu serviram prá quê???

E outra coisa. Se tiver algum jogador que esperava sair na janela, e sente-se frustrado por ter ficado, que vá para o banco ou vá jogar no Afeganistão. Viu seu Elias? Viu seu Felipe??

Bom, 4 a 1, em casa, machucando demais uma torcida apaixonada, que não abandona o time nunca, e que mereceria um pouquinho mais de consideração.

Vamos esperar que isso sirva de lição, e transforme em força para a próxima partida, contra os bambis, outro daqueles jogos que não se pode perder nunca.

Que o Mano analize as últimas partidas, as inúmeras falhas da equipe e principalmente as suas, e que o time entre com outro espírito diante das gazelas no Morumbi.

Porque se perder, o Mano volta a ser Menezes. E será o fim da paz que vem reinando nos últimos tempos.

Já conseguimos a classificação para a Libertadores, um objetivo importante e que vem sendo ressaltado principalmente pelo Ronaldo.

Mas aqui é Corinthians.

Ganhar ou perder faz parte do jogo. Mas deixar de lutar, isso nunca.

Não podemos aceitar jamais que um time entre em campo e se esqueça do peso do Manto que carregam no corpo.

Vai ser uma longa semana.

Valeu!

3 comentários:

  1. Quer mesmo saber para que ficaram 15 dias em Itu??? Leia as noticias dos dias em que o Corinthians esteve por lá. Só se falava em jogos de poquer e de video game (alem da novela Edno), que o Paulo André ganhou dinheiro do Elias no poquer, que o Defederico queria jogar video game contra o Ronaldo e etc. FUTEBOL QUE É BOM, NADA! E eu concordo plenamente com vc, o Mano já havia errado contra o Coritiba ao escalar o time nesse malfadado esquema de 3-5-2 e não satisfeito repetiu o erro ontem contra os goiabas. E como o Goiás tem uma equipe, um pouco mais qualificada que a do Coxa, a gnt ja sabe no que deu. Espero que ele volte a por o time pra jogar no mesmo esquema de 4-3-3 e o principal, com a mesma vontade de antes, pois se entrar como entrou ontem, vai tomar de 4 ou mais dos bambis no domingo.
    PS.: Simplesmente ridiculo esse discurso do Ronaldo de que as outras equipes é que devem correr atras do prejuizo, entao quer dizer que o titulo brasileiro não vale mais nada? Só vale a vaga na libertadores.
    PS2: Igualmente ridiculo essa história de que o "autor" do tema "AQUI TEM UM BANDO DE LOUCOS" processar o clube por usar a "sua" música. Canalha, aproveitador.

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  2. Pois é Rafael, essa semana até a "torcida" deu mancada na figura desse cara aí, esse "louco por dinheiro". Lamentável e uma vergonha para a única Fiel torcida do mundo ter um sujeito desse entre nós.
    Quanto ao time, imperdoável a atuação, e reflexo de uma preparação medonha, sem a menor seriedade como perfeitamente você descreveu.
    Um oba-oba danado, parecendo a seleção de 2006, da qual aliás o seu Ronaldo fazia parte e foi um dos símbolos do fracasso.
    Ele continua sendo o Fenômeno, foi muito bem aceito como membro do "bando de loucos", mas precisa se orientar um pouquinho melhor do que é o Corinthians.
    Se pensa que conquistar vaguinha prá libertadores é o passaporte para virar zona tá muito enganado.
    Aqui é pressão mesmo.
    Talvez esse sacode seja até bom para lembrar alguns jogadores disso.
    Essa calmaria em que estamos vivendo nos últimos tempos é boa mas tem esse lado ruim dos caras esquecerem o que é o Corinthians.
    Que eles aprendam com esse vexame e já demonstrem seriedade no jogo contra os bambis.
    Porque se tomarem outro sacode das meninas, aí o Ronaldo vai ser apresentado ao verdadeiro Corinthians.
    Valeu!

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  3. Você tocou num ponto importantíssimo, a preparação física. Eu estou admirado pela quantidade de jogadores lesionados e não venham me falar que é pelo número excessivo de jogos, porque ficamos parado quinze dias e na semana seguinte o Jorge Henrique e o Chicão (paças importantes) se lesionaram. Pode ser uma comparação maldosa, mas no tempo do Trevisan isso não ocorria.

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